Enquanto os olhos do mundo esportivo ainda se voltam para as incertezas que rondam Tóquio-2020, a China e o Comitê Paralímpico Internacional celebram nesta terça-feira, 20 de outubro, a marca de 500 dias para os Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022. O evento está programado para acontecer entre 4 e 13 de março de 2022.
Nem mesmo a pandemia de Covid-19, que teve como epicentro justamente o território chinês, preocupa o Comitê Organizador. A expectativa é entregar até o fim de 2020 todas as instalações necessárias tanto para a disputa olímpica quanto a paralímpica. São 15 áreas funcionais distintas, distribuídas nas três zonas de eventos: Pequim, Distrito de Yanqing e Zhangjiakou.
“Temos total confiança em nossos preparativos para os Jogos, apesar dos desafios do coronavírus, e estamos preparados para fornecer serviços abrangentes, eficientes e convenientes para todos”, afirmou Zhang Jiandong, vice-presidente executivo do Comitê Organizador dos Jogos de 2022 (BOGOC).
Ao todo, são esperados 748 atletas nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022. Eles participarão de 82 disputas de medalhas – duas a mais do que em PyeongChang-2018. Esqui alpino, Biatlo, Esqui Cross-Country, Snowboard, Hóquei no Gelo e Curling são as modalidades presentes no programa paralímpico.
Cristian Ribera pode fazer história nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022
A pandemia ainda preocupa a organização de Pequim-2022, mas se tudo seguir dentro do planejamento, os Jogos Paralímpicos em Pequim têm tudo para ser histórico para o Brasil. Isso porque, pela primeira vez, um atleta brasileiro entra como um dos favoritos ao pódio nos esportes de inverno.
Cristian Ribera nem completou 18 anos ainda (fará aniversário em novembro), mas já é o grande nome do esporte paralímpico de inverno do Brasil. Em PyeongChang-2018, com apenas 15 anos, surpreendeu o mundo ao terminar na sexta posição dos 15 km do esqui cross-country sentado. É o melhor desempenho do Brasil em uma edição olímpica e paralímpica de inverno.
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Depois disso, ele mostrou que o resultado não foi obra do acaso. Na última temporada, conquistou duas medalhas de prata em uma etapa da Copa do Mundo e o incrível desempenho de sete Top 5 em oito possíveis. Dessa forma, sagrou-se vice-campeão do circuito internacional e inicia esta temporada na quinta posição do ranking internacional.
Ele, certamente, será dono de uma vaga do esqui cross-country nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022. Se quatro anos antes ele foi uma grata surpresa, agora é um dos cotados ao pódio em qualquer uma das três provas: sprint, média e longa distância.
Cristian Ribera é o principal nome do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Inverno (Divulgação/CBDN) |
Brasil avança no esporte paralímpico de inverno
Cristian não é o único atleta paralímpico de inverno do Brasil. Hoje, o Brasil conta com equipes consolidadas tanto no esqui cross-country quanto no snowboard. O projeto, que começou por iniciava da CBDN com o CPB em 2013, cresceu e deu frutos importantes.
No esqui cross-country, por exemplo, a adaptação do rollerski permitiu o desenvolvimento de novos atletas. Aline Rocha, entre as mulheres, e Robelson Moreira, Guilherme Rocha e Wesley dos Santos, entre os homens, competem na categoria sentado. Thomaz Moraes é o representante da categoria standing (em pé).
O time de parasnowboard, que teve André Cintra como representante nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Sochi-2014 e PyeongChang-2018, também se expandiu. André Barbieri e José Lima participaram do circuito internacional na temporada passada. Já Vitória Machado e Lindiara Souza devem estrear em eventos oficiais a partir desta temporada. As duas são provenientes de um projeto de desenvolvimento criado pelo Snowland em parceria com a CBDN.
Conteúdo postado originalmente no portal Olimpíada Todo Dia, parceiro do Brasil Zero Grau
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