Thoma Bach, presidente do COI (IOC/Christophe Moratal) |
Enquanto as cidades de Estocolmo, na Suécia, e Milão e Cortina D'Ampezzo, na Itália, ainda correm atrás das garantias necessárias para viabilizarem seus projetos, o COI dá andamento ao processo de escolha da sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. A entidade já agendou datas de visitas do Comitê de Avaliação no primeiro semestre deste ano.
A equipe de técnicos do Comitê Olímpico Internacional vai ser liderada por Octavian Morariu, representante da Comissão de Avaliação. Estocolmo será a primeira cidade a receber a delegação entre 12 e 16 de março. Na sequência é a vez da candidatura conjunta entre Milão e Cortina d'Ampezzo entre 2 e 6 de abril.
O objetivo, evidentemente, é avaliar as propostas dos dois locais, conhecer as arenas e estádios já existentes, se reunir com os responsáveis pela candidatura e, inclusive, com políticos e representantes públicos. Dessas duas visitas sairá um relatório que deverá ser divulgado no mês de junho, poucos dias antes da eleição final.
O problema é que tanto Estocolmo quanto Milão e Cortina d'Ampezzo ainda não conseguiram levantar as garantias necessárias em seus próprios países. As cidades italianas, por exemplo, têm o apoio dos governos regionais, mas precisa de suporte do governo federal para questões de infraestrutura, como segurança e logística. Já Estocolmo, que promete usar verba da iniciativa privada, não conta com apoio nem do governo local e muito menos da esfera federal.
Os dois projetos teriam até o dia 11 de janeiro (menos de duas semanas, portanto) para entregar os arquivos de candidatura ao COI com as promessas governamentais. Diante do impasse, o Comitê Internacional já admite estender esse prazo e permitir que os documentos sejam entregues e analisados durante a visita da Comissão de Avaliação. A escolha final será em junho, durante Sessão do COI em Lausanne, na Suíça.
Ambas são sobreviventes em mais um processo que arranhou a imagem do Comitê Olímpico Internacional (antes, a escolha da sede de 2022 também tinha sido traumática). Cinco cidades que oficialmente apresentaram candidatura desistiram ou foram descartadas em poucos meses: Sion (Suíça), Graz (Áustria), Sapporo (Japão), Erzurum (Turquia) e Calgary (Canadá). Destas, apenas a cidade turca foi alijada do processo pelo COI por conta dos altos custos envolvidos.
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