AK Bars comemora título da KHL na temporada passada (Reprodução) |
Considerada a segunda maior liga interclubes de hóquei no gelo no planeta, e certamente a mais importante da Europa, a KHL (Liga Continental de Hóquei) abre a sua 11ª edição neste sábado, 1º de setembro. Mesmo sem os holofotes dos Jogos Olímpicos, alguns dos principais atletas da modalidade estarão presente na disputa.
A primeira partida é tradicional e reúne as duas equipes campeãs da temporada anterior. O SKA, de São Petersburgo, campeão da Continental Cup (melhor time da primeira fase) enfrenta o AK Bars, de Kazan, o vencedor da Gagarin Cup de 2018 (equipe que venceu os playoffs e ficou com o título geral da Liga). A partir do domingo, os jogos se desenrolam normalmente. A tabela completa está aqui.
Essa é a primeira temporada da KHL após a disputa dos Jogos de Inverno de PyeongChang. O evento, de forma indireta, ajudou na popularização ainda maior da competição por conta da ausência das estrelas da NHL na disputa olímpica (o que fez a Liga Continental ser a principal fornecedora de atletas para as seleções classificadas).
Dessa forma, a competição ampliou seu status de evento que prepara jovens para a NHL e também como alternativa para quem não possui contrato e deseja continuar no alto rendimento do hóquei no gelo. A partir de setembro, por exemplo, os defensores Paul Postma e Yohann Auvitu e os atacantes David Desharnais e Jannik Hansen passam a atuar na competição após atuarem na América do Norte. Além disso, alguns prospects da liga norte-americana também estão presentes, como Eemeli Räsänen, que vai atuar no Jokerit emprestado pelo Toronto Maple Leafs.
A temporada 2018/2019 da KHL ficou assim dividida:
Divisão Bobrov: Dinamo Riga, Dynamo Moscou, Jokerit, Severstal Cherepovets, SKA e Spartak Moscou
Divisão Tarasov: CSKA Moscou, Dinamo Minsk, Lokomotiv Yaroslavl, Slovan Bratislava, Sochi e Vityaz Moscou
Divisão Kharlamov: Ak Bars, Avtomobilist, Metallurg, Neftekhimik, Torpedo e Traktor
Divisão Chernyshev: Admiral, Amur, Avangard, Barys, Kunlun Red Star, Salavat Yulaev e Sibir
Grande surpresa da temporada passada, quando desbancou o favoritismo do CSKA Moscou, o AK Bars, de Kazan, é o maior campeão da história da KHL com as conquistas de 2009, 2010 e 2018. Dynamo Moscou (2012 e 2013), Metallurg Magnitogorsk (2014 e 2016) e SKA de São Petersburgo (2015 e 2017) possuem dois troféus cada. Já o Salavat Yulaev Ufa foi o campeão da Copa Gagarin em 2011.
Como funciona a KHL
Neste ano, a KHL contará com a participação de 25 equipes, divididas em quatro divisões (Bobrov, Tarasov, Kharlamov e Chernyshev) e duas conferências (Leste e Oeste). É uma redução de duas equipes em relação à temporada passada: o Yugra e o Lada Togliatti foram excluídos da Liga. No total, são 19 times da Rússia e um representante da Finlândia, Eslováquia, Belarus, Letônia, Cazaquistão e China.
Mesmo com um número menor de equipes, o sistema de disputa é praticamente o mesmo. Cada time fará dois jogos (ida e volta) como os demais participantes. Além disso, são mais 14 rodadas (também ida e volta) enfrentando os clubes da mesma conferência. Dessa forma, a temporada regular terá 62 partidas, seis a mais do que na última temporada.
Os oito melhores times de cada conferência avançam aos playoffs, disputados em confrontos de até sete partidas. As duas primeiras posições de cada chave ficam com os campeões das divisões (Bobrov e Tarasov no Oeste, Kharlamov e Chernyshev no Leste). As demais vagas são preenchidas pelas equipes com as melhores campanhas, independentemente da divisão em que atuam.
Sem interrupção dos Jogos Olímpicos de Inverno nesta temporada, a KHL encerra a primeira fase da competição em 22 de fevereiro. A pós-temporada, com os 16 classificados, prosseguirá até o início de maio, provavelmente antes do Mundial Masculino de Hóquei no Gelo de 2019, previsto para acontecer entre 10 e 26 de maio em Bratislava, na Eslováquia.
Postar um comentário