Federação Mundial de Curling define estrutura da Copa do Mundo

Brad Gushue, um dos melhores atletas de curling da atualidade (Reprodução)

Disposta a manter o crescimento do Curling no cenário internacional, a Federação Mundial da modalidade inaugura nesta temporada mais uma competição entre seleções que vai reunir a nata do esporte. A Copa do Mundo de Curling terá quatro etapas entre setembro de 2018 e maio de 2019 e envolverá disputas por equipes e duplas mistas. 

A iniciativa é uma parceria da entidade internacional com a empresa chinesa Kingdomway Sports, que vai investir US$ 10 milhões na competição e tem como objetivo estimular o desenvolvimento do esporte na China e na Ásia como um todo. Por conta disso, a primeira etapa e a última serão realizadas no país asiático. As outras duas serão na Europa e na América do Norte. 

As datas e os locais das três primeiras rodadas da Copa do Mundo já foram definidos. A abertura será em Suzhou, na China, entre 12 e 16 de setembro. Depois, Omaha, nos Estados Unidos, organizará a segunda etapa entre 5 e 9 de dezembro. Depois, já em 2019, Jonkoping, na Suécia, realiza a última fase classificatória entre 30 de janeiro e 3 de fevereiro. Por fim, Pequim, capital da China, organiza a final entre 8 e 12 de maio.

Oito seleções participam desta primeira temporada em cada uma das três categorias. Os três países-sedes das etapas de classificação garantem vaga (China, Estados Unidos e Suécia). Depois, os melhores do ranking de cada uma das três regiões da WCF (América, Europa e Ásia/Pacífico) também estão confirmados. Por fim, a entidade ainda convida mais dois países de acordo com a tradição, importância e questões comerciais (confira os participantes abaixo).

Na final, a China (país-sede) os campeões de cada uma das etapas, um convidado especial por mérito (como o atual campeão olímpico) e duas das melhores seleções no ranking da competição estão confirmados. O detalhe é que o país pode competir com equipes diferentes e, assim, garantir mais de uma vaga na final. Por exemplo: o Canadá pode competir com o Brad Gushue na primeira rodada, Kevin Koe na segunda e Brad Jacobs na terceira. Se eles ganharem os títulos das etapas, competem na final.



O formato da competição é bem simples: dois grupos com quatro seleções, que se enfrentam duas vezes e os líderes de cada chave se enfrentam para determinarem o campeão da etapa. Os jogos terão apenas oito ends (ao invés de dez) e não terá mais um extra end para determinar o desempate, mas sim o lançamento de uma única pedra (a mais próxima do alvo vence). Assim, quem vencer no tempo normal ganha três pontos. Vitória no desempate é dois, com um ponto para o time derrotado.

Outras mudanças significativas incluem a presença do técnico na altura do rink de gelo, permitindo o contato com os atletas entre os ends, e uma mudança no thinking time, o tempo que cada equipe ou dupla tem para discutir a jogada. Na Copa do Mundo de Curling, o limite é determinado por end: do primeiro ao quarto, são quatro minutos por equipes e 2min50 nas duplas. Depois, do quinto ao oitavo, são 4min15 para equipes e três minutos nas duplas.

A Copa do Mundo de Curling marca uma nova fase no desenvolvimento do esporte. Após a consolidação nas últimas décadas, com o retorno e crescimento nos Jogos Olímpicos, a Federação Mundial sabe que precisa criar mais competições e, principalmente, democratizar o acesso às nações emergentes, como o Brasil. Tanto que, nesta temporada, acontecerá pela primeira vez uma repescagem internacional para o Mundial da modalidade.

Confira as equipes participantes da primeira edição da Copa do Mundo de Curling:

Equipes masculinas: China, Estados Unidos, Suécia, Canadá, Suíça, Japão, Noruega e Escócia
Equipes femininas: China, Estados Unidos, Suécia, Escócia, Canadá, Coreia do Sul, Japão e Rússia
Duplas Mistas: China, Estados Unidos, Suécia, Suíça, Canadá, Coreia do Sul, Rússia e Noruega

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