Equipe de Mike McEwen comemora título do Elite 10 do Grand Slam (Reprodução) |
É o fim de parceria que toda equipe sonha. Poucos dias após anunciar a separação do time que jogou junto por 11 temporadas, o canadense Mike McEwen conquistou em casa o título do Elite 10, antepenúltima etapa masculina do Grand Slam de Curling. O torneio foi realizado entre 15 e 18 de março em Winnipeg, na província de Manitoba, no Canadá.
O evento é parte integrante do World Curling Tour e reúne os dez melhores times do ranking masculino. Apesar de ainda perseguir seu primeiro título do Brier, o campeonato nacional canadense, McEwen conquistou o sétimo título em uma etapa do Grand Slam, o que faz dele um dos atletas mais laureados desta década.
"É o fim de semana perfeito: em casa e com um pouco de sorte de irlandês", comentou o campeão, fazendo referência a um ditado sobre o Dia de São Patrício, data popular na América do Norte comemorada no sábado, dia 17.
A equipe de McEwen fez uma campanha perfeita. Liderou seu grupo na primeira fase com quatro vitórias sobre Kevin Koe, Brad Jacobs, John Shuster e Jason Gunnlaugsson. Na semifinal, derrotou o lendário Glenn Howard por 4 a 3 (nesta competição o placar refere-se ao número de ends vencidos e não ao total de pontos). Depois, na decisão, venceu Brad Gushue, bicampeão do Brier, por 4 a 1.
O título, porém, não vai fazer a equipe mudar de ideia. Ainda decepcionado com as derrotas na seletiva canadense para os Jogos Olímpicos e no Brier. os quatro atletas do time de McEwen irão procurar novas oportunidades no Curling. É o fim de uma parceria de 11 anos que rendeu sete etapas do Grand Slam e um bronze no campeonato canadense de 2017.
No mesmo fim de semana, o World Curling Tour realizou um torneio na Escócia para as equipes europeias. No Aberdeen International Curling Championship, o escocês Bruce Mouat confirmou a boa fase e conquistou o título em casa de forma incontestável, com sete vitórias e apenas uma derrota. Na decisão, ele derrotou o suíça Yannick Schwaller por 7 a 4. Kyle Smith, também da Escócia, e Alexander Baumann, da Alemanha, foram eliminados na semifinal e dividiram a terceira posição.
Por fim, nas Duplas Mistas, aconteceu o Westbay Hungarian Cup em Budapeste, na Hungria. A dupla da casa Ildiko Szekeres e Gyeorgy Nagy conquistou o título ao derrotar os russos Anastasia Moskaleva e Alexander Eremin por 7 a 6 na final. Os escoceses Judith e Lee McCleary ficaram com o bronze após vencerem Maria Komarova e Daniil Goryachev, também da Rússia, por 9 a 7 na disputa do terceiro lugar.
O World Curling Tour retorna no próximo fim de semana com apenas uma competição de Duplas Mistas: International Mixed Doubles Dumfries, na Escócia. A próxima competição feminina acontecerá também na Escócia entre 30 de março e 1º de abril. Já os homens só voltam a competir no Tour entre 10 e 15 de abril.
Favoritas lideram Mundial feminino de Curling
O Mundial Feminino de Curling começou no último sábado, 17 de março, e as duas principais favoritas já ocupam a liderança da competição realizada em North Bay, no Canadá. A equipe canadense, liderada por Jennifer Jones, e a campeã olímpica Anna Hasselborg, da Suécia, seguem invictas até o momento.
As suecas lideram por terem feito um jogo a mais: cinco vitórias contra quatro do Canadá. A terceira e quarta posições são ocupadas pelas japonesas e sul-coreanas, vice-campeãs em PyeongChang. A principal surpresa até aqui é a República Tcheca com a skip Anna Kubešková. A equipe, que tem um quarto lugar no Europeu de 2016 como melhor campanha, é a quinta colocada e está garantindo uma vaga à segunda fase. A Rússia, com Victoria Moiseeva, está na sexta posição e fecha a lista dos países que avançam aos playoffs.
A maior decepção até o momento é a Escócia. País de origem do Curling e sempre muito forte nas competições internacionais, as escocesas, lideradas pela skip Hannah Fleming, perderam as cinco partidas até aqui e estão na última colocação da primeira fase. Os resultados completos e a classificação geral está disponível aqui. O Brasil Zero Grau irá fazer um balanço após o final do Mundial, no domingo.
Neste ano, pela primeira vez na história, o Mundial terá 13 equipes ao invés de 12 como nas últimas temporadas. Assim, seis equipes garantem classificação à segunda fase. Os dois primeiros avançam diretamente à semifinal, enquanto que o quarto enfrenta o quinto e o terceiro pega o sexto colocado para determinar os outros classificados à semi. Depois, os vencedores se enfrentam na decisão.
Anna Hasselborg está liderando o Mundial feminino de Curling com a Suécia (Jeffrey Au/WCF) |
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