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O letão Martins Dukurs é um homem de poucas palavras: basta ver em suas respostas ao Brasil Zero Grau na entrevista por e-mail. Cirúrgico, direto e rápido - mesma situação que ele apresenta nas pistas de gelo. O atleta de 33 anos é um dos maiores nomes do skeleton em todos os tempos. Em 13 temporadas na elite do esporte, ele conquistou oito títulos consecutivos na Copa do Mundo e seis títulos mundiais.
Contudo, ele ainda busca a glória máxima: o título olímpico no skeleton. Em 2010 e 2014 ele ficou com a prata, atrás apenas de atletas que competiam em casa e contavam com o apoio da torcida (Jon Montgomery em 2010 e Alexander Tretiakov em 2014). Para aproveitar esta que pode ser sua última chance, Dukurs até construiu um novo trenó para conquistar a medalha de ouro em PyeongChang - ainda que um de seus principais rivais, veja só, é Sungbin Yun, sul-coreano que competirá em casa! Confira a entrevista EXCLUSIVA de Martins Dukurs na seção "Lendas do Inverno":
Quais são os seus objetivos na temporada? Como está sendo a preparação para os Jogos Olímpicos?
O principal objetivo, claro, é mostrar o meu melhor desempenho nos Jogos Olímpicos e conseguir mais uma medalha. Para isso, a preparação está indo bem, dentro de tudo o que planejamos no início de nossa preparação.
Após conquistar a prata em 2010 e 2014, você pensa em mudar alguma coisa em seu treinamento para os Jogos Olímpicos? Por quê?
Não altero nada em minha preparação desde 2009. Vou seguir com o mesmo trabalho até PyeongChang.
Você construiu um novo trenó especialmente para esta temporada. Não é um risco trocar o equipamento com menos de seis meses para os Jogos Olímpicos?
Não é risco. Construímos um trenó com base na nossa estratégia e, agora, queremos torná-lo mais rápido do que os anteriores.
Nas últimas oito temporadas, você conquistou oito títulos da Copa do Mundo e seis títulos Mundiais. Esse desempenho ajuda ou pressiona na preparação para os Jogos Olímpicos?
Não interfere em nada. Eu vejo que cada corrida começa do zero e resultados anteriores não garantem nenhum benefício na hora da largada.
Em 2014, você ficou atrás de um atleta russo que competia em casa nos Jogos Olímpicos. Agora, em 2018, seu principal rival é um sul-coreano que também competirá em casa. Como você encara essa situação?
Eu concordo que é uma situação diferente. Sungbin Yun é um dos melhores atletas de skeleton e chega forte em 2018, principalmente por competir em casa.
Seu irmão também compete no circuito internacional. A presença dele ajuda a melhorar seu desempenho? Como?
Nós sempre nos ajudamos, principalmente em treinos, mas na pista somos competidores que estão na lista de largada querendo fazer o seu melhor.
Você já pensa em aposentadoria após os Jogos Olímpicos de PyeongChang? Quais são os seus planos após 2018?
Não fiz nenhum plano disso. Vai depender dos resultados nos Jogos Olímpicos.
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