Jaqueline Mourão é campeã brasileira de sprint no cross-country

Jaqueline Mourão no alto do pódio do Brasileiro de cross-country (divulgação/CBDN)

Prestes a completar 42 anos e pronta para disputar sua sexta edição dos Jogos Olímpicos (a quarta na neve), Jaqueline Mourão segue voando no esqui cross-country. A atleta sagrou-se campeã brasileira da modalidade na categoria sprint no domingo, 3 de setembro. A prova em estilo livre foi realizada em Termas de Chillan, no Chile. 

Por conta do período reduzido de treinos na neve chilena, Jaqueline optou por forçar o ritmo na tomada de tempo e administrar as baterias. A tática deu certo. Nas eliminatórias, ela completou o percurso em 3min26seg32, mais de 25 segundos à frente da segunda colocada e com 194.71 pontos FIS - sua melhor marca em provas de velocidade desde dezembro de 2016. 

Nas baterias, a experiente atleta manteve a vantagem adquirida e conquistou a medalha de ouro. Bruna Moura ficou com a prata e Mirlene Picin, especialista em longas distâncias, conseguiu ultrapassar Gabriela Neres para terminar com a medalha de bronze - a chilena Claudia Salcedo foi a quinta colocada e Leila Mostaço, do Brasil, terminou na sexta posição. 

"A prova foi boa para mim, tudo correu como o planejado. Como só tinha dois dias de esqui na neve, optamos por fazer uma tomada de tempo boa e administrar as baterias. Agora, com critério interno cumprido, concentraremos na preparação para a temporada boreal", comentou Jaqueline Mourão. 


A equipe masculina de cross-country do Brasil também participou de provas em Termas de Chillan. No sprint livre, realizado no domingo, o melhor brasileiro foi o jovem Rhaick Bomfim. Aos 15 anos, ele terminou na quinta posição da classificação geral. O argentino Matias Zuloaga foi o vencedor, seguido pelos chilenos Juan Agurto, prata, e Yonathan Fernandez, bronze. 

Altair Firmino, presente nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno de 2016, foi o sexto colocado. Lucas Lima, também com 15 anos, foi o terceiro melhor atleta do país ao terminar na oitava colocação. Fabrizio Bourguignon (9º), Thomaz de Moraes (14º) e Leandro Lutz (15º) completaram a participação brasileira na corrida. 

Depois, na segunda-feira, 4 de setembro, aconteceu a disputa de sprint clássico masculino. Terceiro colocado na tomada de tempo, com 220.76 pontos FIS (dentro do índice olímpico B), Rhaick voltou a surpreender e derrotou os rivais continentais para levar a medalha de ouro na corrida. 

Juan Agurto, do Chile, teve que se contentar com a prata e Lucas Lima, também do Brasil, completou o pódio. Thomaz de Moraes, amputado no braço e que busca vaga nos Jogos Paralímpicos de Inverno, terminou na quarta colocação, seguido por Altair Firmino, quinto, Fabrizio Bourguigon, sexto, e Victor Santos, oitavo. 

Já nesta terça-feira, dia 5, os atletas puderam participar de uma prova de distance em Termas de Chillan. Nos 5km em técnica livre feminino, a brasileira Mirlene Picin conquistou a medalha de prata com 14min05seg9 e 181.86 pontos FIS. A argentina Maria Cecilia Dominguez foi a vencedora e a chilena Claudia Salcedo completou o pódio. Bruna Moura foi a quarta colocada, seguida por Gabriela Neres, quinta, e Leila Mostaço, sexta. 

Entre os homens, Rhaick Bomfim foi o melhor atleta do país nos 10km em técnica livre ao terminar na sétima posição com 25min13seg5 e 191.60 pontos FIS. Lucas Lima (8º), Victor Santos (9º), Fabrizio Bourguignon (10º) e Leandro Lutz (11º) e Thomaz Moraes (12º) foram os outros representantes da CBDN no percurso - Altair Firmino acabou desclassificado da prova. A vitória foi do chileno Yonathan Fernandez, com 23min28seg8 e 132.15 pontos. O sérvio Aleksandar Milenkovic ficou com a prata e o argentino Matias Zuloaga foi bronze.  

Agora, parte da equipe brasileira de esqui cross-country embarca para Cerro Catedral, na Argentina. Alguns integrantes devem participar de provas de distance no local entre 11 e 12 de setembro. Esta é a última competir da modalidade na temporada sul-americana de inverno. 

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