Parece que foi ontem que eu me despedia dos Jogos de Sochi como comentarista da RecordNews. Mas realmente o tempo voa e estamos novamente encarando um desafio pré-olímpico de inverno. Nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, falta um ano para a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de PyeongChang.
A cidade sul-coreana, que ganhou o direito de sediar o evento esportivo em 2011 (em sua terceira tentativa, após perder a sede de 2010 e 2014), corre contra o tempo para entregar tudo em ordem para os mais de 3 mil atletas que desembarcarão na cidade entre 9 e 25 de fevereiro de 2018.
Não que os espaços esportivos estejam atrasados - pelo contrário, pois os eventos-testes já estão sendo realizados. A maior preocupação envolve justamente a obra mais complexa: o trem de alta velocidade que ligará o Aeroporto de Seul à PyeongChang. O projeto deve ser finalizado no meio deste ano, para os primeiros testes serem feitos no fim de 2017.
No total, teremos a disputa de 102 modalidades divididas em 15 esportes de inverno (oito de neve e sete de gelo). O Curling de Duplas Mistas, o Snowboard Big Air, largada coletiva na patinação de velocidade e disputa por equipes no esqui alpino integram pela primeira vez o programa olímpico. O Snowboard paralelo slalom, por sua vez, saiu.
A escolha de PyeongChang foi a última decisão "tranquila" do COI para a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno. No processo para definir a cidade de 2022, o Comitê Olímpico enfrentou uma debandada em massa de interessados e teve que escolher apenas entre Pequim (China) e Almaty (Cazaquistão). Tal fato resultou na Agenda 2020, uma tentativa de garantir transparência e segurança para nações que cogitam sediar Jogos Olímpicos.
Os espaços
- PyeongChang: principal cidade dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018. O local vai abrigar as provas de montanha. O principal espaço é o Alpensia Park Resort, que abrigará o Estádio Olímpico (cerimônias de abertura e encerramento), e os Centros de Esqui Saltos, Biatlo, Esqui Cross-Country, Sliding (luge, bobsled e skeleton) e de Yongpyong (esqui alpino) - além, é claro, da Vila Olímpica. Além disso, PyeongChang também abriga o Bokwang Snow Park, para as provas de esqui livre e snowboard.
- Gangneung: a cidade vai abrigar as provas costeiras graças aos centros de Hóquei, Curling, Oval (Patinação de Velocidade), Arena de Gelo (pista curta e patinação artística) e de Kwandong (hóquei feminino).
- Jeongseon: o local abriga o resort de esqui alpino e vai ser sede das provas de Downhill, Super G e Combinado.
As chances do Brasil
No segundo dia de janeiro já fiz uma previsão das chances de classificação olímpica do Brasil durante o pré-olímpico (confira aqui). A informação é praticamente a mesma, com poucas alterações. No Curling, por exemplo, o país só tem chances nas duplas mistas após a derrota no America's Challenge.
De todo o modo, a expectativa é repetir o desempenho de Sochi com a maior delegação da história do país nos Jogos Olímpicos de Inverno. A CBDN deve levar entre cinco e seis atletas nas modalidades de esqui alpino, cross-country e snowboard (com chances também do biatlo e esqui livre). A CBDG espera levar a equipe completa de bobsled no 4-man, 2-man e feminino e também a Isadora Williams na patinação artística.
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