Marley e Jéssica brigam para confirmar vaga em Lillehammer (Divulgação/CBDG) |
Faltam mais de 200 dias para os Jogos da Juventude de Inverno em Lillehammer, na Noruega, e a atenção dos torcedores e da mídia está voltada para o Pan-americano em Toronto, no Canadá. Mesmo assim, a delegação brasileira de esportes de inverno se mobiliza para a competição, que tem tudo para ser histórica para o Brasil.
Isso porque, no cenário positivo e bem real, o país pode levar nada menos do que 11 atletas entre as modalidades de neve e gelo. É um número bem acima dos dois que representaram a equipe brasileira em 2012, na primeira edição dos Jogos da Juventude de Inverno. Na ocasião, Tobias Macedo e Eliza Nobre, ambos do esqui alpino, competiram em Insbruck, na Áustria.
A divisão é a seguinte: pelo lado da CBDN, a expectativa é levar três atletas. Pela simulação das cotas, a entidade possui uma vaga apenas no esqui alpino masculino. Entretanto, no snowboardcross masculino, o país está na terceira posição das realocações e pode somar pontos nesta temporada para subir no ranking. Além disso, a meta é confirmar um rapaz no esqui cross-country ou biatlo nos próximos meses.
"Para Lillehammer não temos grandes expectativas e pretendemos levar três competidores. Ainda estamos no começo do trabalho do business plan e infelizmente não vai refletir agora. Mas para os próximos anos com certeza", afirmou Pedro Cavazzoni, superintendente técnico da CBDN.
A grande contribuição, e surpresa, viria pelo lado da CBDG. A entidade de gelo deve levar nada menos do que oito jovens competidores para a Noruega - marcando a estreia brasileira nas pistas de gelo dos Jogos da Juventude.
No monobob, Jéssica Victória e Marley Linhares estão próximos de confirmarem suas vagas após estrearem no circuito internacional na temporada passada. Além disso, um rapaz e uma moça no skeleton devem competir neste ano para buscarem as classificações - o que realmente não é tão difícil por conta do baixo número de países que disputam. Por fim, o Brasil está fechando uma equipe mista de curling para competir neste ano e confirmar a vaga regional que tem direito. "As chances são muito boas", afirmou o presidente Emílio Strapasson em tweet para o Brasil Zero Grau.
Dessa forma, os Jogos da Juventude de Inverno em Lillehammer têm tudo para se transformar em um divisor de águas para os esportes de inverno do Brasil, repetindo o papel que os Jogos Olímpicos de 2002 teve. Naquele ano, o país também levou 11 competidores, recorde na época, e colocou de vez modalidades como esqui alpino e bobsled na mídia. Da mesma forma, a competição em fevereiro de 2016 também pode mudar a forma que os nossos dirigentes encaram as provas de base.
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