Marcelo e Aline comemoram vitória sobre a Itália (Divulgação/CBDG) |
Foi no penúltimo jogo e quando ninguém mais esperava, mas o Brasil conseguiu vencer uma partida na edição 2015 do Mundial de Curling de Duplas Mistas. O evento, realizado em Sochi, na Rússia, encerrou a primeira fase nesta quinta-feira e viu o time brasileiro fazer uma campanha com uma vitória e oito derrotas.
Contra a Itália, na abertura da oitava rodada, o Brasil conseguiu surpreender. Após perder o primeiro end por 1 a 0, Marcelo Mello e Aline Gonçalves fizeram nada menos do que cinco pontos no segundo end e garantiram uma virada espetacular. No quarto end, mais quatro pedras na casa. No fim, bastou administrar para conseguir uma incrível vitória de 12 a 5 que serviu para tirar o gosto ruim das derrotas anteriores.
Horas depois, contra a Noruega, invicta na competição ao lado da Rússia, a dupla brasileira se esforçou, mas não conseguiu surpreender os rivais. Nos dois primeiros ends o país escandinavo fez seis pontos e parecia liquidar a partida logo no início. Marcelo e Aline reagiram, fizeram quatro pontos no terceiro período e pareciam que complicariam o jogo. Ledo engano. A Noruega retomou o controle e venceu por 10 a 7.
Nos números, a campanha brasileira foi semelhante a 2014, com apenas uma vitória. Na classificação geral, melhoramos um pouco: agora, conseguimos ficar na frente de Bielorrússia e Austrália, que não venceram ninguém no Mundial de Duplas Mistas desta temporada.
"Os jogos equilibrados e as estatísticas mostram que houve uma evolução na participação do Brasil no Mundial. Isso é fruto de um processo de empenho dos atletas e treinadores no período de preparação e desenvolvimento da dupla. Com a evolução do time brasileiro, há a possibilidade desta categoria participar das Olimpíadas e, para as próximas temporadas, será feito um programa de desenvolvimento do esporte, de forma a gerar uma evolução técnica significativa", comentou Matheus Figueiredo, superintendente técnico da CBDG.
Por mais que os números finais realmente sejam um pouco melhores do que o ano passado, confesso que esperava um desempenho um pouco melhor do time brasileiro. Eu sei que não dá para cobrar resultado de esporte sem apoio algum e que toda evolução deve ser comemorada. Mas após as atuações surpreendentes no ano anterior e um trabalho focado tanto entre os homens quanto entre as mulheres nesta temporada, eu torcia por partidas melhores, sobretudo contra Eslovênia e Nova Zelândia.
Em todo o caso, ver o Brasil participando continuamente de competições internacionais nos esportes de gelo já é um passo e tanto. Que Marcelo, Aline e toda a comunidade do curling brasileiro no Canadá possam continuar com o belo trabalho que recomeçou em 2014.
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