Cartaz da CBDG (Reprodução) |
Chegou a hora. Um ano após se reestruturar, o Curling brasileiro volta ao ponto de partida em busca de uma missão (quase) impossível. Na noite desta sexta-feira, o Brasil, comandado por Craig Lightbody, faz a primeira partida do America's Challenge, o desafio contra os EUA por uma vaga no Mundial da modalidade neste ano.
O jogo será às 19h no horário local (22h no horário brasileiro de verão) e acontecerá no Centro de Treinamentos da equipe norte-americana em Blaine, Minnesota. No sábado, mais duas partidas: às 17h e 22h (no nosso horário). Caso precise, o domingo terá outras duas partidas, às 12h e 17h. (Atualização: O fuso horário é de quatro horas, portanto os jogos serão às 23h na sexta, 18h e 23h no sábado e 13h e 18h no domingo). Quem vencer três jogos fica com a segunda vaga do continente - o Canadá é o primeiro por conta do ranking.
Esta não é a primeira vez que o Brasil desafia os EUA por uma vaga no continente. Aliás, foi esse confronto que deu o pontapé inicial para o desenvolvimento do curling na CBDG. Em 2009 e 2010, o time nacional não teve muitas chances e perdeu ambas por 3 a 0.
No ano seguinte, a crise institucional fez que o esporte ficasse congelado, com o perdão do trocadilho, retornando com força em 2014. E hoje, três dos sobreviventes daquela primeira fase retornam ao rink de gelo para escreverem mais um capítulo da conturbada e incrível história do curling do Brasil.
A escalação
Da mesma forma que nos dois primeiros confrontos, Marcelo Mello, 43 anos, é o skip da seleção brasileiro. Atleta mais experiente do curling nacional, ele é respeitado no cenário internacional por seu conhecimento mesmo com pouco tempo de contato com o esporte.
Ele terá a companhia de dois companheiros dos dois primeiros desafios no America's Challenge de 2015. Filipe Nunes, 33, é o nosso primeiro lançador e César Santos, 49 anos e mais experiente do grupo, é o segundo que lançará as pedras. Ambos continuaram seus treinos em Sherbrooke durante a estagnação entre 2011 e 2013.
Mas o time também tem novos nomes. Scott McMullan, canadense de 38 anos que mora há doze anos no Brasil, é o vice-skip da equipe. Ele foi selecionado após a seletiva realizada pela CBDG com a Associação Brasileira de Curling em 2014. Raphael Monticello, 31, é o primeiro reserva, mas também exerce um importante papel, sendo um dos precursores da Associação e responsável por reunir um grupo de brasileiros que praticam o esporte na região de Vancouver.
Sergio Mitsuo Vilela, 33, mora na Suíça e é o segundo reserva - ele também foi selecionado por vídeo na seletiva. Por fim, o canadense Craig Lightbody é o treinador responsável por tentar dar liga e entrosamento a este grupo de jogadores.
Os rivais
Para o America's Challenge, os EUA resolveram montar um time forte para evitar qualquer surpresa em casa. O líder será Heath McCornick, canadense naturalizado norte-americano. O atleta, 38 anos, foi campeão dos EUA em 2012 e ficou em oitavo no Mundial daquele ano. Em 2014, para a seletiva em Sochi, foi o terceiro colocado.
O vice-skip é Chris Plys, 27 anos. É o mais jovem, mas um dos mais experientes ao mesmo tempo. Integrou a equipe dos EUA que ficou em quinto no Mundial de 2009 e em décimo nos Jogos Olímpicos de 2010. Ele ainda foi campeão mundial universitário em 2007.
Joe Polo, 31, é o segundo lançador e conta com uma medalha olímpica na carreira: o bronze em Turim-2006. Já esteve presente em cinco edições de Mundiais de Curling. Já Colin Hufman, 30, também é figurinha carimbada da modalidade na América do Norte: participou de doze campeonatos nacionais e ganhou medalha em sete oportunidades.
A preparação
Ao contrário das outras duas edições do America's Challenge no curling, pela primeira vez o Brasil conseguiu fazer uma preparação adequada para esta série de partidas. O time se preparou durante toda a temporada de 2014, com treinos individuais estipulados por Craig Lightbody e participando de torneios para ganhar entrosamento e ritmo de competição.
Foram três torneios em um período de cinco meses, algo nunca visto antes na modalidade. Porém, ainda precisamos ser realistas: o favoritismo é todo do time norte-americano. A expectativa é que a seleção brasileira possa endurecer as partidas e, porque não, vencer uma delas, não é mesmo?
Onde acompanhar?
Até o momento não descobri nenhum streaming que exibirá as partidas (uma pena, sem dúvida). Entretanto, o site do Curling dos EUA e o CurlingZone prometeram tempo real das partidas. Além disso, recomendo ficarem de olho no twitter do blog Curling Brasil. As meninas têm bons contatos na rede e sempre postam atualizações! Se compromissos não impedirem, o Brasil Zero Grau também trará atualizações sobre os jogos.
Oi Gustavo! Obrigada pela lembrança, só corrige que o horário será às 23h e nosso twitter é @curlingblogbra.
ResponderExcluirAbraços :)
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