Mirlene Picin (Divulgação) |
Mirlene Picin e Leila Mostaço, duas integrantes da equipe de endurance do Brasil, tinham objetivos diferentes neste fim de semana. A primeira lutava para conseguir o índice que a classificava para mais um Mundial de Esqui Cross-Country, no ano que vem. A segunda, em busca de um resultado empolgante para iniciar a temporada de inverno.
Podemos dizer que ambas conseguiram atingir suas metas no fim deste 2014. Após ter cinco provas adiadas por conta da falta de neve que atinge a Europa, Mirlene tinha apenas uma tentativa para conseguir o índice inferior a 300 pontos no cross-country (lembrando que no esqui quanto menos pontos tiver, melhor). Era a Copa Alpina na cidade austríaca de Hochfilzen.
Na disputa dos cinco quilômetros em técnica livre, a brasileira terminou na 47ª posição num total de 50 competidoras que terminaram a prova. Ela teve o tempo de 17min08seg1, pouco mais de quatro segundos atrás da italiana Ilaria Debertolis, a vencedora da competição.
Porém, o mais importante era a pontuação FIS. Mirlene atingiu 274.83 pontos, dentro do índice que a garante no Mundial em Fallun, em fevereiro de 2015. Assim, ela participará pela quarta vez consecutiva do evento internacional, sempre honrando a bandeira brasileira!
Após completar um mês de período intenso de treinos, Mirlene Picin retorna ao Brasil no último dia de 2014 para um breve período de descanso. Depois, retorna à Europa para novos treinos e competições.
Leila Mostaço
Leila Mostaço (Reprodução) |
A brasileira que mora no Canadá e compete na América do Norte levou adiante a máxima de que "a glória não vem sem sofrimento". Durante a volta de aquecimento para sua primeira prova da temporada, Leila teve uma torção no tornozelo que por pouco não a tirou da competição dos 5km estilo clássico realizada em Ripton, nos EUA.
Mas isso não a tirou da prova, felizmente. "Aproximadamente 10 minutos antes da minha largada, eu fui lá fora, esquiei na pistinha que eles montaram para o pessoal aquecer. Estava razoável para subir, mas eu não conseguia fazer curvas mais fechadas para a direita. Então corri para a largada e foquei no meu tornozelo, monitorando a dor. Tive que ir muito devagar e controlada em todas as descidas, além de não conseguir puxar nem perto do meu máximo nas subidas", escreveu a atleta em seu blog.
Se é na adversidade que encontramos o verdadeiro atleta, então Leila já pode entrar neste rol. Mesmo com todos os problemas, ela conseguiu a 161ª posição dentre 182 inscritos em todas as categorias com o tempo de 22min20seg2, pouco mais de sete segundos atrás da norte-americano Khatarine Ogden, a vencedora da prova. Na pontuação FIS, a brasileira conseguiu 463.84 pontos - se não fosse a lesão no tornozelo, ela poderia ter conquistado seu melhor resultado na carreira.
"Fiquei empolgada por ver que consegui um resultado melhor do que nas temporadas anteriores sem usar muito a parte física que tanto trabalhei nos últimos três meses. Eu notei que estava passando umas meninas na subida, mesmo indo mais light. Isso foi muito legal. Mas foi frustrante também porque poderia ter sido muito melhor. Eu sei, parece estranho", continuou a brasileira.
Estranho ou não, o fato é que Leila sabe que começou a temporada com um resultado que enche de confiança para as próximas provas. O desafio, agora, é cuidar deste tornozelo para que ele esteja 100% nas provas que a atleta vai participar em janeiro de 2015!
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