Cartaz da candidatura e o sinal de exclusão: fora do párea (Arte: Brasil Zero Grau) |
O que era um boato forte em 6 de setembro, se concretizou nesta quarta-feira, dia 1º de outubro. Oslo, capital da Noruega, está fora da disputa pela organização dos Jogos Olímpicos de 2022. O anúncio foi feito pelo próprio Comitê Olímpico Internacional.
As informações estão no Surto Olímpico e você pode conferir todos os detalhes aqui. A razão é a mesma que fez a candidatura não decolar em nenhum momento: a falta de apoio governamental aliado à pressão popular.
A sociedade norueguesa ainda tem fresco na memória o que aconteceu em Sochi-2014, com um orçamento astronômico, e o que está por vir em Rio-2016, cujas instalações ainda estão atrasadas. Preço alto demais para um país que tenta se recuperar da crise econômica de anos atrás. A população foi às ruas, invadiu as redes sociais e deixou claro a mensagem anti-Jogos Olímpicos.
Sem apoio popular, o poder político repensa mil vezes antes de realizar qualquer investimento grandioso. Realizar uma edição dos Jogos Olímpicos, no formato atual, custa muito dinheiro. Apenas o projeto consumiu alguns bilhões de euros. A desistência era um caminho natural com este cenário ruim. Faltava apenas a confirmação oficial.
Mais uma desistência de candidatura aos Jogos Olímpicos de Inverno em 2022 fez o COI explodir. Segundo a matéria no Surto Olímpico, Christophe Dubi, diretor executivo dos Jogos, disparou: "Tomaram essa decisão com base em meias verdades e fatos questionáveis".
Oslo entra no grupo das cidades que sonharam ser possível sediar os Jogos Olímpicos de Inverno em 2022. Antes dela, Lviv (Ucrânia), Estocolmo (Suécia) e Cracóvia (Polônia) fizeram desistências formais ao COI. Já Barcelona (Espanha), Davos (Suíça) e Munique (Alemanha) abandonaram a corrida logo no início, após consulta com a população.
Resta apenas Almaty, no Cazaquistão, e Pequim, na China. Os dois locais querem sediar as Olimpíadas e possuem bons investimentos para isso. Entretanto, não são as cidades ideais para limpar a barra dos comitês organizadores dos Jogos - ambas possuem sérios problemas com corrupção, direitos humanos e coisas do gênero. A
A escolha final acontece em julho de 2015. De qualquer forma, serão três Jogos seguidos na Ásia (Pyeongchang-2018 e Tóquio-2020). Algo raro e que o Comitê Olímpico sempre evitou em edições anteriores.
Para este jornalista, a crise na escolha da sede dos Jogos de 2022 é um sinal claro de que o COI precisa rever o total de gastos e o modelo dessas candidaturas. É preciso diminuir o ônus de um megaevento e aumentar o bônus. Do jeito que está, não dá. Ou será que vão correr o risco de ninguém concorrer à sede?
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