André Cintra em Sochi (Márcio Rodrigues/MPIX/CPB) |
A semana está cheia de boas notícias: visita da Isadora ao Brasil, treinos e vitórias no Curling, embarque do time de bobsled... e nesta quinta-feira ficamos sabendo de mais uma! O Comitê Paralímpico Internacional anunciou a criação de duas classes para o snowboard paralímpico em 2018!
Até aí nada demais, você deve estar pensando. A questão é que essa decisão beneficia o brasileiro André Cintra, o primeiro atleta paralímpico de neve do país e que esteve em Sochi ao lado de Fernando Aranha. Agora, ele compete na categoria adequada e até mesmo aumenta a chance de conquistar um excelente resultado daqui quatro anos.
Vamos aos fatos: o snowboard entrou no programa paralímpico de inverno apenas na edição deste ano. Por ser a estreia, todos os atletas amputados competiram na mesma categoria. A questão é que aqueles que foram amputados abaixo do joelho, possuem articulações que ajudam no equilíbrio da prancha e na absorção do impacto.
Agora, há duas categorias. O LL-1 para aqueles que são amputados acima do joelho (caso de André Cintra) e o LL-2 para os que são amputados abaixo do joelho. "Era uma mudança esperada. Estávamos lutando por isso há dois anos. A notícia foi muito bem recebida e agora os atletas podem competir de igual para igual", afirmou o atleta ao site da entidade.
A fala na primeira pessoa do plural não é mera figura de linguagem. André e a CBDN estavam na linha de frente pela criação desta nova categoria (veja mais aqui). Além das duas categorias, teve a aprovação de baterias no snowboardcross (semelhante aos Jogos Olímpicos) e provas de Banked Slalom.
"A evolução é legal para o esporte em vários aspectos. As provas ficarão mais competitivas, mais bonitas de se ver. É bem mais interessante quando temos mais de um atleta na pista. Vai ser mais excitante para o público", confirma André.
Se a nova categoria existisse em Sochi, o brasileiro conquistaria a medalha de bronze. Isso já o coloca em um dos principais nomes da modalidade daqui para frente. Mesmo assim, um bom resultado em Pyeongchang exigirá muito planejamento. Como o próprio atleta comentou ao Brasil Zero Grau, a partir de agora surgirão mais competidores de países com incidência de neve.
A concorrência será dura, mas equilibrada! O esporte paralímpico de inverno no Brasil está só começando!
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