Josi voa em São Roque (Reprodução) |
O acidente de Lais Souza foi um duro baque que até hoje ecoa quando falamos de esportes de inverno no Brasil. Não são poucos os que criticam programas que tentam levar os atletas de modalidades de verão para as de gelo e neve (ainda que isso seja uma prática comum em qualquer lugar). Entretanto, não abalou o projeto de esqui aerials da CBDN.
O esporte, uma categoria do esqui freestyle, possui papel de destaque no ousado plano da entidade. A baixa competitividade no cenário internacional, aliado à possibilidade de treinos intensivos no CT inaugurado em São Roque, faz com que o aerials tenha chances reais de desenvolvimento por aqui. Como você pôde ver na primeira edição da nossa magazine, a confederação criou planos de negócios para todas as modalidades com meta de transformar o país em potência olímpica de inverno em 2026.
Josi Santos, que esteve presente em Sochi, segue como atleta para este novo ciclo olímpico. Porém, ela não está sozinha. As também ginastas Ana Carolina Mussi e Mariah Soares também participam de treinos intensivos sob coordenação do treinador Ryan Snow em São Roque.
"Com esse solzão queimando o coco (sic) estamos nos superando, procurando fazer os saltos com mais precisão e melhorando a técnica correta. Estamos agora dificultando as acrobacias e tentando aperfeiçoá-las a cada treino. Está sendo um dia após o outro e um obstáculo vencido após outro. Estou feliz por estar treinando com mais duas companheiras e logo mais a equipe poderá aumentar... Isso graças à CBDN, que acredita no nosso trabalho e no projeto implantado para os próximos ciclos olímpicos", revelou a atleta no Facebook.
Fico feliz de ver Josi Santos evoluindo a cada dia e superando todas as adversidades. Ela possui uma garra incomum: mesmo com o acidente de Lais e a participação em Sochi, ela voltou a treinar ginástica e foi bronze no Brasileiro da modalidade, antes de retomar os treinos no esqui. Isso é para poucos!
Mérito também para a CBDN. Mesmo com uma avalanche de críticas, não abandonou o projeto pela metade e segue firme no propósito de implementar o esqui aerials no país. É preciso ter confiança no trabalho para tomar uma atitude dessa.
Desejo toda a sorte do mundo para as atletas neste novo ciclo olímpico. Que elas possam evoluir cada vez mais!
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