Hélio com um bastão emprestado na linha de chegada (Arquivo Pessoal) |
O atleta, prestes a completar 45 anos, conquistou o melhor resultado da carreira na prova de 21 quilômetros em estilo clássico. O desempenho foi realmente surpreendente. Ele completou a prova em 1h32min11seg - ao todo, 40 atletas completaram a prova masculina. O vencedor foi o argentino Carlos Lannes, com 1min07seg58.
O melhor desempenho da vida veio com muitas dificuldades. O próprio Hélio Freitas explica.
"Poderia ter sido melhor, não fosse a empunhadura do bastão ter descolado no oitavo quilômetro, quando eu estava num pelotão com mais quatro competidores, do quinto ao nono lugar, e me sentindo bem. Com isto, o pelotão se foi e ainda fui ultrapassado por três atletas. Depois de quatro quilômetros esquiando com um bastão e meio, o que me custou uns três ou quatro minutos, consegui um bastão emprestado. Aí deu para recuperar duas posições até o fim", comentou com exclusividade ao Brasil Zero Grau.
Atleta olímpico em 2006, nos primórdios do cross-country, o brasileiro soube se reinventar na modalidade. Dono de um fôlego invejável (foi atleta amador de triatlo na juventude), se especializou em provas de endurance e agora pratica corridas de longa distância na temporada sul-americana. A ponto de ainda bater as melhores marcas da carreira. Ah, ainda esteve presente na primeira prova no novo formato do triatlo de inverno (no antigo formato a primazia de ser o primeiro atleta nacional é de Aldo Ramos). Não é pouca coisa, convenhamos! Parabéns, Hélio.
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