Seleção masculina de Hóquei Inline: estão de parabéns (Divulgação/IIHF) |
Um dia depois de mais um fiasco da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, o Brasil pode dizer, enfim, que um selecionado esportivo honrou as cores do país. Coube aos jogadores brasileiros de hóquei inline se despedirem do Mundial da modalidade com muita dignidade.
Ao contrário do futebol, que fez um papelão nos momentos decisivos, a equipe brasileira de hóquei realizou verdadeiras batalhas desde a primeira fase. A falta de experiência pesava e colocou o time para disputar a 19ª posição dentre 24 participantes. E na manhã deste domingo o Brasil foi recompensado e se despediu com uma excelente vitória de 7 a 6 sobre a Bélgica.
O jogo começou pegado, com os dois times cometendo faltas. Na metade do primeiro tempo, a Bélgica abriu o placar com Olivier Selvais. Foi o suficiente para os jogadores brasileiros acordarem. Nos sete minutos, eles fizeram quatro gols, com Diego Araújo, duas vezes, José Guilardi e João Henrique Vasconcellos, contando, sobretudo, com dois powerplay (quando o time adversário fica com um a menos por conta de suspensão).
O 4 a 1 conquistado no primeiro tempo não iludiu os jogadores brasileiros. Mas o começo do segundo tempo sim. A Bélgica descontou com Maxime Boninsegna, mas Bruno Branco e Emmerich de Souza colocaram 6 a 2 com 14 minutos para o fim da partida.
A sensação de ter liquidado o jogo quase pôs tudo a perder para o Brasil e, por muito pouco, não repetiu o vexame futebolístico. Em sete minutos e meio, a Bélgica enfileirou quatro gols, todos com os times equiparados em número de atletas: Jelle Maes, Florian Hetmans e Boris von-Paschutka-Lipinski recolocaram a seleção belga no jogo.
Quando o pior estava perto de acontecer, Thiago Inácio Ribeiro de Souza fez o gol salvador, com 2min33seg para o fim do jogo, devolvendo a tranquilidade aos brasileiros e garantindo a vitória na despedida do Mundial. Na disputa pelo título, os EUA venceram a República Tcheca por 5 a 0 e sagraram-se campeões mundiais.
Décimo-nono colocado, o Brasil se despede com a sensação de dever cumprido. Jogou de igual para igual com Rússia, Colômbia e Nova Zelândia e finca de vez as bases para começar uma evolução da modalidade no país. Aliás, isso mostra porque o esporte é fascinante: enquanto a quarta colocação no futebol não acrescentou nada, apenas a vergonha, a 19ª posição no hóquei inline é motivo de alegria para aqueles que, sem qualquer infraestrutura, deixaram familiares e amigos por aqui para jogar e honrar o seu país de origem.
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