Brasil, verde escuro, na 1ª partida (Imagen Deportiva/Germán García) |
Acabou agora a pouco a segunda partida do Brasil no Pan-Americano de Hóquei no Gelo. Era um jogo chave caso a seleção brasileira quisesse escapar da última posição e brigar pelo bronze no próximo domingo. Além disso, era contra a Argentina, sempre um rival em potencial.
Mas apesar de comemorar seus três primeiros gols no hóquei no gelo, não foi dessa vez que comemoraremos a primeira vitória. A equipe argentina venceu por 5 a 3 depois de abrir 5 a 0 no meio do terceiro período com Dario Guajardo, duas vezes, Agustin Sacramento, Alan Eseisa e Agustin Conti. Os gols brasileiros foram de Daniel Baptista, duas vezes, e João Henrique Vasconcelos.
Muito difícil imaginar que o país possa conquistar alguma vitória nesse Pan-Americano. O jogo mais equilibrado, por assim dizer, seria justamente contra a Argentina. Nesta quinta-feira o Brasil enfrentará Canadá às 22h30 e pegará a Colômbia às 18h30 no sábado (horários de Brasília). São dois países que possuem tradição no hóquei no gelo.
Mas vencer ou não e independente da posição, este é o primeiro passo para que a modalidade possa se desenvolver por aqui. É importante que, mesmo sem expectativa de vitórias, os atletas brasileiros possam competir de mais torneios internacionais e realizar clínicas com outros países.
Pelo menos, ao que parece, essa é a intenção da CBDG a partir de agora. Conversei com Alexandre Capelle via e-mail. Ele está no México, organizando a viagem da equipe, mas arrumou tempo para responder alguns questionamentos. Os principais, claro, são referentes ao Pan e ao futuro do hóquei no gelo no país. Veja os melhores trechos da entrevista:
A primeira seleção brasileira de hóquei no gelo (Divulgação) |
Como foi a preparação do Brasil para se adaptar ao gelo?
Todos os atletas jogam hóquei inline. Chegamos no México no dia 25, uma semana antes do evento, e realizamos uma clínica de hóquei no gelo com treinadores do Canadá e México.
Qual a importância do Pan para o futuro do hóquei no gelo no país?
Acredito que é fundamental para o desenvolvimento do Brasil.
Quais projetos a CBDG pretende implantar neste ciclo olímpico?
Queremos desenvolver as categorias de base com a construção de uma quadra oficial no Brasil. E por enquanto estamos tentando participar de mais competições internacionais.
Existe a possibilidade de ter um rink oficial no país?
Sim, existe uma grande possibilidade e já estamos conversando com possíveis patrocinadores.
A ideia é trabalhar com atletas de hóquei inline para facilitar essa transição da modalidade?
Esse é um passo fundamental. Temos que trazer os melhores atletas de inline para o gelo. Aqui só um atleta da seleção inline está presente (João Vasconcelos).
Quais os objetivos que você tem com o Pan-Americano?
Queremos tentar aproveitar o máximo e aprender, principalmente com Canadá e México, que já são potências do hóquei no gelo.
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