Antepenúltimo dia de disputa em Sochi. Começo que já estou com saudade das competições, das zebras, dos favoritos, dos brasileiros e das histórias emocionantes. Foram sete pódios em jogo e a definição dos finalistas no hóquei masculino (lembrando que a descrição das vencedoras no esqui alpino feminino você vê no post abaixo, sobre a brasileira Maya Harrisson). Vamos ao resumão olímpico do dia.
Se na disputa masculina tivemos um pódio triplo da França, no feminino foi a vez das canadenses brilharem no esqui cross. O país conquistou o ouro e a prata na disputa e conseguiu subir mais alguns degraus no quadro de medalhas.
O vitória foi de Marielle Thompson, grande favorita antes da prova por ser a atual líder do ranking e vice-campeã mundial. Ela fez descidas seguras e tranquilas, sem sofrer grande ameaça. Também canadense, Kelsey Serwa ficou com a prata e muito perto de ser a primeira mulher a conquistar a tríplice coroa da modalidade: vitórias no Mundial, X-Games e Jogos Olímpicos.
A sueca Anna Holmlund completou o pódio, beneficiando-se do erro da veterana Ophelie David. A atleta da França era cotada ao ouro - se o conquistasse, ela se transformaria na mulher mais velha a ganhar uma prova olímpica de inverno. Mas não foi dessa vez e ela acabou caindo numa das curvas.
Outra atração, pelo menos para mim, foi ver a chilena Stephanie Joffroy na disputa. Ela conseguiu avançar para as quartas de final e estava na segunda posição de sua bateria, garantindo vaga entre as oito melhores, quando sofreu um acidente forte (aliás, foram dois que preocuparam os médicos) e teve que dizer adeus. Ela estava num ritmo muito forte e poderia colocar a América do Sul no topo de uma modalidade em Sochi.
A partida em si foi muito fácil. No fim do quinto end o placar já mostrava 6 a 2 para os canadenses, atuais campeões olímpicos. Dessa forma, após o fim do oitavo end, o time britânico abandonou a disputa dos dois últimos períodos e se contentou com a prata. Afinal de contas, já estava de bom tamanho também depois de eliminarem a Suécia na semifinal.
Aliás, o país escandinavo teve que suar bastante para evitar mais uma surpresa. A China surpreendeu bastante os suecos e por muito pouco não conquistaram o bronze. No nono end os chineses venciam por 4 a 3. Mas aí valeu a experiência e a tradição dos adversários. A Suécia fez um ponto no último período, levou para o end extra e conseguiu envolver o rival na armadilha. Contou ainda com uma pedra queimada dos chineses num lançamento infantil de Xiaoming Xu (ele simplesmente não soltou a pedra antes da linha vermelha). Enfim, isso é Olimpíada, como afirmou Maurício Torres na transmissão da Record News e na qual eu comentei esta partida. Uma pena, pois a China evoluiu bastante e merecia uma melhor sorte.
O ouro veio de maneira tranquila, com o tempo de 1h10min02seg5, mais de vinte segundos de diferença para a equipe russa, medalhista de prata. O bronze ficou para a Noruega, que não consegue ser tão dominante no biatlo da mesma forma que foi na temporada passada.
O mais emocionante, porém, foi a comemoração da vitória. Olena Pidhrushna, líder dessa equipe ucraniana, começou a coletiva de imprensa solicitando um minuto de silêncio pela honra dos mortos nos protestos. Sergei Bubka, lenda do atletismo e representante do Comitê Olímpico da Ucrânia, afirmou que a vitória das meninas fizeram com que o Parlamento parasse um pouco as discussões e comemorasse a vitória cantando o hino nacional.
São coisas que só o esporte proporciona realmente.
Ele conquistou medalhas nas quatro provas que disputou, sendo três ouros! Os dois últimos vieram nesta sexta-feira. Primeiro, na prova de 500 metros masculino, onde ele não deu chance para os rivais e venceu com 41seg312. A prata foi do chinês Dajing Wu e o bronze do canadense Charle Cournoyer.
Depois, no revezamento de 5 mil metros, novamente ele destoou. Liderou a até então desconhecida equipe russa para a vitória com um novo recorde olímpico: 6min42seg100, bem à frente dos EUA, medalhista de prata na prova. O bronze ficou com a China.
Desempenho que, acreditem, coloca a Rússia como líder no quadro de medalhas nesta modalidade. Rússia que nunca teve grande tradição na patinação de pista curta! A sintonia entre ele e o povo russo é tanta que Victor An pensa em se aposentar e virar o treinador da modalidade por lá!
Ainda tivemos as finais dos 1000 metros feminino e o domínio sul-coreano, que era esperado desde o início dos Jogos na patinação de pista curta, aconteceu apenas na última prova. O país conquistou ouro e bronze.
A vitória foi da favorita Seung Hi-Park, com 1min30seg761 e o bronze ficou com Suk Hee Shim, 250 milésimos atrás. Entre elas, a chinesa Kexin Fan fechou o pódio com a segunda colocação.
A disputa masculina conheceu seus dois finalistas e será um confronto que pode ficar para a história. Suécia e Canadá, os dois últimos campeões olímpicos, se enfrentarão no domingo para ver quem conquista o ouro e a supremacia internacional na modalidade.
A Suécia, campeã em 2006, venceu a Finlândia de virada por 2 a 1 no que foi a reedição da final olímpica em Turim. Os gols suecos foram marcados por Eriksson e Karlssom, enquanto que Jokinen fez o gol finlandês.
Na outra semi, Canadá e EUA reeditaram a final olímpica de 2010 e novamente os canadenses levaram a melhor. Numa partida dura, o país venceu por apenas 1 a 0, com um gol de Benn ainda no segundo período.
A final acontecerá no domingo, às 9h no horário de Brasília e terá transmissão da Record News. No sábado, acontecerá a disputa do bronze entre EUA e Finlândia.
No masculino, Holanda e Coreia do Sul farão a final A, que definirá os medalhistas de ouro. Basta comparar os tempos entre os países para ver a diferença. Na semi, os holandeses eliminaram a Polônia com 3min40seg79 enquanto que a Coreia do Sul passou pelo Canadá com 3min42seg32.
Entre as mulheres, a Holanda classificou para as semifinais ao eliminar os EUA nas quartas e ainda cravar o recorde olímpico com 2min58seg61 - foi o único país que fez as seis voltas abaixo dos três minutos. Na semi, as holandesas duelaram com o Japão enquanto que Rússia enfrentará a Polônia.
A Rússia, com os ouros de Victor An, pulou para a segunda posição, com nove medalhas douradas, dez prateadas e sete de bronze. Em terceiro está o Canadá com um desempenho semelhante: nove ouros, dez pratas, mas cinco de bronzes. Também com nove ouros, os EUA estão na quarta posição porque somam "apenas" sete pratas e onze bronzes.
A Alemanha, que liderava até dois dias atrás, caiu para a quinta posição, com oito ouros, quatro pratas e quatro bronzes. Vinte e seis países conquistaram medalhas, mas a Ucrânia se transformou no 21º país a conquistar um ouro nesta edição olímpica.
Neste sábado, o penúltimo dia de disputa, teremos seis modalidades distribuindo medalhas: esqui alpino, cross-country, biatlo, hóquei no gelo, patinação de velocidade e snowboard. Ainda teremos a estreia do bobsled de quatro integrantes masculino, com participação do Brasil. Calendário completo você encontra aqui.
Esqui Livre Cross feminino
Marielle Thompson voa para o ouro no esqui cross (Cameron Spencer/Getty Images) |
O vitória foi de Marielle Thompson, grande favorita antes da prova por ser a atual líder do ranking e vice-campeã mundial. Ela fez descidas seguras e tranquilas, sem sofrer grande ameaça. Também canadense, Kelsey Serwa ficou com a prata e muito perto de ser a primeira mulher a conquistar a tríplice coroa da modalidade: vitórias no Mundial, X-Games e Jogos Olímpicos.
A sueca Anna Holmlund completou o pódio, beneficiando-se do erro da veterana Ophelie David. A atleta da França era cotada ao ouro - se o conquistasse, ela se transformaria na mulher mais velha a ganhar uma prova olímpica de inverno. Mas não foi dessa vez e ela acabou caindo numa das curvas.
Outra atração, pelo menos para mim, foi ver a chilena Stephanie Joffroy na disputa. Ela conseguiu avançar para as quartas de final e estava na segunda posição de sua bateria, garantindo vaga entre as oito melhores, quando sofreu um acidente forte (aliás, foram dois que preocuparam os médicos) e teve que dizer adeus. Ela estava num ritmo muito forte e poderia colocar a América do Sul no topo de uma modalidade em Sochi.
Curling Masculino
A dobradinha que era esperada em 2010 dentro de casa acabou acontecendo quatro anos depois, na Rússia. O time masculino de curling do Canadá confirmou o favoritismo, venceu Reino Unido na final e levou o ouro, repetindo o feito das mulheres no dia anterior.A partida em si foi muito fácil. No fim do quinto end o placar já mostrava 6 a 2 para os canadenses, atuais campeões olímpicos. Dessa forma, após o fim do oitavo end, o time britânico abandonou a disputa dos dois últimos períodos e se contentou com a prata. Afinal de contas, já estava de bom tamanho também depois de eliminarem a Suécia na semifinal.
Aliás, o país escandinavo teve que suar bastante para evitar mais uma surpresa. A China surpreendeu bastante os suecos e por muito pouco não conquistaram o bronze. No nono end os chineses venciam por 4 a 3. Mas aí valeu a experiência e a tradição dos adversários. A Suécia fez um ponto no último período, levou para o end extra e conseguiu envolver o rival na armadilha. Contou ainda com uma pedra queimada dos chineses num lançamento infantil de Xiaoming Xu (ele simplesmente não soltou a pedra antes da linha vermelha). Enfim, isso é Olimpíada, como afirmou Maurício Torres na transmissão da Record News e na qual eu comentei esta partida. Uma pena, pois a China evoluiu bastante e merecia uma melhor sorte.
Biatlo feminino
País tradicional na modalidade, e que vive uma verdadeira guerra civil, a Ucrânia conquistou a medalha de ouro no Biatlo com as mulheres no revezamento 4 x 6 quilômetros na prova realizada nesta sexta-feira. Aliás, é a primeira medalha de ouro do país em Jogos de Inverno desde 1994.O ouro veio de maneira tranquila, com o tempo de 1h10min02seg5, mais de vinte segundos de diferença para a equipe russa, medalhista de prata. O bronze ficou para a Noruega, que não consegue ser tão dominante no biatlo da mesma forma que foi na temporada passada.
O mais emocionante, porém, foi a comemoração da vitória. Olena Pidhrushna, líder dessa equipe ucraniana, começou a coletiva de imprensa solicitando um minuto de silêncio pela honra dos mortos nos protestos. Sergei Bubka, lenda do atletismo e representante do Comitê Olímpico da Ucrânia, afirmou que a vitória das meninas fizeram com que o Parlamento parasse um pouco as discussões e comemorasse a vitória cantando o hino nacional.
São coisas que só o esporte proporciona realmente.
Patinação de pista curta
Victor An não nasceu na Rússia. Ele se naturalizou em 2011 após ser cortado da seleção coreana de patinação em pista curta. Achava que poderia continuar rendendo na modalidade. Foi a Rússia que lhe ofereceu um novo desafio. E em Sochi ele retribui com toda a gratidão.Ele conquistou medalhas nas quatro provas que disputou, sendo três ouros! Os dois últimos vieram nesta sexta-feira. Primeiro, na prova de 500 metros masculino, onde ele não deu chance para os rivais e venceu com 41seg312. A prata foi do chinês Dajing Wu e o bronze do canadense Charle Cournoyer.
Depois, no revezamento de 5 mil metros, novamente ele destoou. Liderou a até então desconhecida equipe russa para a vitória com um novo recorde olímpico: 6min42seg100, bem à frente dos EUA, medalhista de prata na prova. O bronze ficou com a China.
Desempenho que, acreditem, coloca a Rússia como líder no quadro de medalhas nesta modalidade. Rússia que nunca teve grande tradição na patinação de pista curta! A sintonia entre ele e o povo russo é tanta que Victor An pensa em se aposentar e virar o treinador da modalidade por lá!
Ainda tivemos as finais dos 1000 metros feminino e o domínio sul-coreano, que era esperado desde o início dos Jogos na patinação de pista curta, aconteceu apenas na última prova. O país conquistou ouro e bronze.
A vitória foi da favorita Seung Hi-Park, com 1min30seg761 e o bronze ficou com Suk Hee Shim, 250 milésimos atrás. Entre elas, a chinesa Kexin Fan fechou o pódio com a segunda colocação.
Hóquei masculino
O gol que deu a vitória ao Canadá (Julio Cortez/AFP/Getty Images) |
A Suécia, campeã em 2006, venceu a Finlândia de virada por 2 a 1 no que foi a reedição da final olímpica em Turim. Os gols suecos foram marcados por Eriksson e Karlssom, enquanto que Jokinen fez o gol finlandês.
Na outra semi, Canadá e EUA reeditaram a final olímpica de 2010 e novamente os canadenses levaram a melhor. Numa partida dura, o país venceu por apenas 1 a 0, com um gol de Benn ainda no segundo período.
A final acontecerá no domingo, às 9h no horário de Brasília e terá transmissão da Record News. No sábado, acontecerá a disputa do bronze entre EUA e Finlândia.
Patinação de velocidade
Aconteceram as quartas e semifinais da disputa masculina e as quartas de final entre as mulheres na prova de perseguição. Como era de se esperar, domínio holandês e chances reais de mais duas medalhas douradas para o país. As finais acontecem no sábado de manhã.No masculino, Holanda e Coreia do Sul farão a final A, que definirá os medalhistas de ouro. Basta comparar os tempos entre os países para ver a diferença. Na semi, os holandeses eliminaram a Polônia com 3min40seg79 enquanto que a Coreia do Sul passou pelo Canadá com 3min42seg32.
Entre as mulheres, a Holanda classificou para as semifinais ao eliminar os EUA nas quartas e ainda cravar o recorde olímpico com 2min58seg61 - foi o único país que fez as seis voltas abaixo dos três minutos. Na semi, as holandesas duelaram com o Japão enquanto que Rússia enfrentará a Polônia.
Medalhas e Agenda
A Noruega continua liderando o quadro de medalhas com dez ouros, quatro pratas e oito bronzes, mas vê ameaça de três países que encostaram de vez na disputa simbólica nestes últimos dois dias dos Jogos de Sochi.A Rússia, com os ouros de Victor An, pulou para a segunda posição, com nove medalhas douradas, dez prateadas e sete de bronze. Em terceiro está o Canadá com um desempenho semelhante: nove ouros, dez pratas, mas cinco de bronzes. Também com nove ouros, os EUA estão na quarta posição porque somam "apenas" sete pratas e onze bronzes.
A Alemanha, que liderava até dois dias atrás, caiu para a quinta posição, com oito ouros, quatro pratas e quatro bronzes. Vinte e seis países conquistaram medalhas, mas a Ucrânia se transformou no 21º país a conquistar um ouro nesta edição olímpica.
Neste sábado, o penúltimo dia de disputa, teremos seis modalidades distribuindo medalhas: esqui alpino, cross-country, biatlo, hóquei no gelo, patinação de velocidade e snowboard. Ainda teremos a estreia do bobsled de quatro integrantes masculino, com participação do Brasil. Calendário completo você encontra aqui.
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