Sally, Fabiana e Larissa (Christian Dawes/COB) |
Elas foram lá, lutaram, treinaram, se arriscaram, se esforçaram e fizeram história afinal de contas. As meninas do bobsled do Brasil (Fabiana dos Santos, Sally Mayara e Larissa Antunes) encerraram hoje a competição feminina e terminaram na 19ª posição nesta que foi a primeira participação olímpica delas.
O objetivo principal, que era fugir da última posição, acabou não acontecendo. Após duas ótimas primeiras descidas, elas não repetiram o desempenho. Terminaram atrás da equipe coreana e com o tempo acumulado de 4min01seg95. A medalha de ouro foi para a dupla favorita do Canadá (Kaillie Humphries e Heather Moyses) com 3min50seg61. A prata e o bronze ficaram com duas duplas norte-americanas.
No post abaixo já falei de todo o percalço que as atletas enfrentaram neste ano, quando remontaram uma equipe do nada e ressurgiram das cinzas, tal qual uma fênix. Lamento muito quando avaliam o desempenho dos atletas apenas pelos resultados. Como se eles não pudessem errar. Como se fossem invencíveis. E aqui lembro toda a perseguição sofrida pelo Cielo, quando conquistou "apenas" o bronze nos 50 metros livre em Londres.
Atleta é como qualquer profissional, com suas virtudes, limitações, desejos, vontades e emoções. Quem consegue viver do esporte é um trabalhador normal. Trabalho, sim senhor. Costumamos idealizar atletas como super-homens que voam para recordes. Não é bem assim, essa que é a verdade (até porque a maioria nem vive do esporte e concilia agendas sempre conflitantes). Eles também possuem uma família e contas a pagar.
Durante uma das descidas (Getty Images) |
As três sabiam que não iriam conquistar importantes resultados, mas e daí? Por mais que os Jogos Olímpicos abrigam hoje pessoas que acreditam na vitória a qualquer custo, empresas desesperadas em busca de ídolos e sejam o reduto ideal para picaretas em busca de dinheiro fácil, a essência segue firme e forte: o importante é competir, não vencer. É a congregação universal dos povos! Ou até isso já esquecemos e diluímos?
"Eu gostaria de fazer um pedido para os brasileiros: que nos respeitem. Somos atletas de um esporte como qualquer outro e fazemos parte dessa evolução do esporte de alto rendimento que o Brasil busca. Peço um pouco de respeito para alguns torcedores, tem coisa que não tem nexo. Respeito a opinião de todos e gostaria que respeitassem nosso trabalho", afirmou Fabiana no Sportv.
É isso mesmo. Respeito. Até porque as meninas do bobsled foram atrás e batalharam pelos próprios sonhos. E nós? Estamos correndo atrás dos nossos sonhos ou nos conformamos com uma vida normal?
(y) é isso aí!!! Respeito!!! Quanto mais respeito a esses jogos, mais acompanhamento, e mais audiência, confesso que sou amante do esporte, seja ele qual for. Acompanho quase todos, digo quase, porque nesse país é muito difícil acompanhar esportes como Curling, por exemplo. Há competições mundiais de muitos esportes que pouco sabemos a respeito, por vivermos no império do futebol, esporte que gosto muito tb. Mas esse papo de quem menospreza o outro, é apenas uma defesa. Já que não consegue competir com o próximo, menosprezo o que ele faz, e assim me sinto superior. Algo natural do humano. Muitos brasileiros se apegam ao futebol, por se sentir um gigante mundial. Isso só esconde a realidade de que não somos perfeitos, e ninguém é. Assumindo isso podemos tentar deixar de querer ser perfeitos, e sermos bons, e nos divertir fazendo isso. Que tal descer uma ladeira num trenó?! Só vai se for pra ser campeão?! Ahh, largue mão de ser tão chato, e se divirta um pouco mais! hehehe..
ResponderExcluirParabens pela participação.
ResponderExcluirObservando tudo o conteudo sei que não foi nada fácil, deixo aqui meu aplauso de coração.
Aplauso de um Brasileiro que ama muito a sua Pátria.
Espero que vcs se evoluam com os aprendizados ocorrentes e que um dia vcs consigam conquistar as suas metas.
Obrigado por tudo
Parabéns meninas, e a toda nossa equipe em Sochi. A vida é feita por aqueles que tem a coragem de ousar. O esforço e a determinação de todos nos traz o maior orgulho
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