Edson Bindilatti e Edson Martins (Reprodução) |
Na mesma semana em que a Federação Internacional de Bobsled e Skeleton divulgou a primeira lista olímpica, as equipes do Brasil participaram da sexta etapa da Copa América das modalidades em Lake Placid (EUA).
Nesta quarta-feira aconteceram as disputas do bobsled de duplas (masculino e feminino) e também as provas de skeleton. E o dia ficou dentro da média esperada pela comissão técnica e diretoria da CBDG.
A Federação ainda não divulgou os resultados da dupla feminina (e eu perdi a prova pelo link hoje de manhã). Mas a dupla de bobsled masculino conseguiram uma ótima performance, mesmo não tendo o foco principal nesta categoria - os homens priorizam as disputas do quarteto.
Edson Bindilatti e Edson Martins ficaram na 12ª posição, com o tempo acumulado de 1min55seg15, pouco mais de dois segundos atrás dos coreanos Donghyun Kim e Junglin Jun, os vencedores da etapa. Importantes pontos, sem dúvida, mas que não devem garantir a classificação olímpica para a dupla.
No skeleton o dia foi de surpresa, mas logo em seguida acompanhado de uma decepção. Durante a prova tomei um susto: Gustavo Henke, jovem atleta da CBDG, teria feito o melhor tempo da pista na sua segunda descida e ido até a 11ª posição com o feito.
Já estava comemorando aqui, mas veio o recado do presidente Emílio Strapasson: a organização se atrapalhara na classificação e o brasileiro não teve esse tempo maravilhoso.
Gustavo Henke conseguiu 1min56seg34 e ficou na 18ª posição. Francisco Irlândio foi um pouco melhor, cravou 1min55seg64 e ficou uma colocação acima. O vencedor foi o americano Austin McCrary, com 1min49seg96.
Nesta quinta-feira acontecerá a prova do quarteto masculino de bobsled. A equipe tentará manter a performance das últimas provas e continuar no grupo que garante vaga para os Jogos Olímpicos.
Ranking
E hoje saiu a primeira lista do ranking internacional da Federação Internacional com ótimas notícias. No momento, o Brasil conseguiria a classificação olímpica no quarteto masculino do bobsled, no skeleton feminino e ficaria uma posição da vaga na dupla feminina.Vamos relembrar as cotas de classificação olímpica para o bobsled: são 30 trenós entre os homens e 20 trenós entre as mulheres. No masculino, os três primeiros países levam três trenós; os seis subsequentes levam dois trenós e os nove restantes levam um trenó. Entre as mulheres, os dois primeiros países levam três trenós, os quatro seguintes levam dois times e três nações levam apenas um trenó.
Esta primeira lista não poderia ter sido mais animador. O quarteto brasileiro está na 34ª posição e conseguiria uma das vagas para os Jogos Olímpicos. Nas duplas, os homens do Brasil estão longe: apenas o 52º na lista bem mais disputada do que o quarteto.
Mas nas mulheres a situação melhora e a vaga olímpica também é real. A equipe, liderada por Fabiana Santos, está na 28ª posição. As meninas até estariam na lista, mas como todos os continentes precisam estar representados, a dupla coreana acabaria roubando essa vaga. Mas nada de pânico: nada que algumas provas não a coloquem na lista.
O skeleton masculino é semelhante: três melhores países levam três atletas, os sete seguintes levam dois atletas e mais sete países levam um atleta.
E eis que com o bom desempenho de Emílio Strapasson, que ocupa a 57ª posição, e contando com as realocações, o Brasil pega uma das últimas vagas na briga! Mas é bom ficar atento: o Brasil está no limite e precisa continuar pontuando nas provas que restam para buscar essa vaga improvável.
Muita coisa ainda vai acontecer e nada está definido no bobsled e skeleton. Até porque foi disputado apenas uma etapa da Copa do Mundo até o momento (torneio dá mais pontos). Mas que serve de motivação a mais para a delegação brasileira, isso serve!
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