Time de skeleton: Francisco, Fábio e Gustavo (Reprodução/Facebook) |
A correria foi tanta neste fim de semana que quase não consegui acompanhar a participação do bobsled brasileiro nas primeiras duas etapas da Copa América da modalidade. O evento aconteceu em Calgary, no Canadá.
Hoje, olhando com mais calma, qual não foi a minha surpresa ao perceber que o torneio não foi bom apenas para o bobsled brasileiro! O nosso time de skeleton também retornou às competições após dois anos de ausência.
Gustavo Henke, Fábio Marcelino e Francisco Irlândio acompanharam a delegação e também se inscreveram para as duas etapas da Copa América de skeleton. Além disso, o presidente Emílio Strapasson também participou de uma das etapas, retornando da "aposentadoria". O foco da equipe, porém, está na edição de 2018 dos Jogos de Inverno.
No primeiro dia de competições, dia 14, Gustavo, Fábio e Francisco se inscreveram, mas não desceram na pista. Mas no dia seguinte, para a segunda etapa, a situação mudou.
Francisco e Fábio participaram da prova e contaram com o apoio de Emílio fora e dentro da pista. Sem competir a pouco mais de dois anos, o atual presidente da CBDG se inscreveu e mostrou que ainda está em boa forma.
Ele terminou na 17ª posição, sendo o único brasileiro que conseguiu participar das duas descidas. No total, seu tempo foi de 1min57seg35, pouco mais de três segundos do vencedor da etapa, o russo Alexander Tretiakov.
Francisco Irlândio foi o 27º, com 59seg70. Fábio Marcelino foi o 33º e último colocado ao completar sua única descida em 1min03seg33.
Um dos esportes mais radicais da Carta Olímpica (nele o atleta vai de cabeça numa pista de gelo, literalmente), o skeleton retorna ao cenário brasileiro após dois anos de inatividade.
Desde o início do seu desenvolvimento, no início dos anos 2000, a modalidade se resumiu ao nome de Emílio Strapasson. Outros atletas chegaram a conhecer a modalidade, mas por falta de verba e até mesmo de coragem não continuaram.
Emílio chegou a se aposentar em 2010, ao não conseguir classificação para os Jogos Olímpicos de Vancouver, mas retornou em 2011 para conquistar uma vaga inédita para o país no Mundial de Skeleton naquele ano (única vez que o Brasil participou do torneio). Foi sua aposentadoria com chave de ouro, como ele disse na época.
Bom, como todos vocês sabem, a CBDG entrou em crise administrativa, passou por intervenção judicial e viu o ex-atleta de Skeleton assumir a presidência da entidade. Se Emílio não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos, pode dar aquele empurrão para uma vaga em 2018, por que não? Os atletas também embarcaram para Park City, nas etapas 3, 4 e 5 da Copa América.
Postar um comentário