Jhonatan Longhi não fala, mas sabe que a participação olímpica em Sochi está bem próxima de ser confirmada. Ele poderá se igualar a Christian Lothar Munder, Marcelo Apovian e Nikolai Hentsch, que representaram o Brasil por duas vezes em Jogos Olímpicos de inverno no esqui alpino.
Igualar aqui, no caso, é em número de participações mesmo. No quesito resultados, Jhonatan está imbatível. Ele possui os recordes brasileiros no slalom especial e slalom gigante, as duas categorias mais praticadas atualmente pelos esquiadores brasileiros. Recordes, aliás, que foram estabelecidos nesta última temporada. Não bastasse isso, cravou o índice B para os Jogos Olímpicos de Sochi, no ano que vem, garantindo assim uma vaga para o Brasil.
Para falar a verdade, Jhonatan também é um cidadão italiano. Ele nasceu aqui, em Americana (no interior paulista), mas foi adotado logo cedo por uma família italiana. Lá cresceu, pegou contato com esqui e apareceu a oportunidade de competir pelo seu país natal a convite da CBDN.
Sua missão, claro, era profissionalizar de vez o esqui alpino brasileiro, que já possui uma boa experiência de mais de quatro décadas. Mesmo assim, a modalidade não conseguia arrebanhar novos praticantes.
"Muitas pessoas pensam que o Brasil não sabe esquiar, mas eu estive em Ushuaia [na Argentina] e a maioria das pessoas que estavam lá são brasileiras.Pude ver que o esporte está crescendo aqui. E o nosso objetivo é crescer mais e formar campeões", afirmou, em inglês, ao blog.
Tudo bem que os resultados do jovem impressionavam e ajudavam nisso. Oriundo de um país tropical, sem verbas para poder competir sempre, Jhonatan acabou conseguindo uma vaga em Vancouver, três anos atrás.
Mas ele não parou por aí. Foi quebrando recordes brasileiros e com uma temporada de antecedência já conseguiu o índice B no esqui alpino. Você acha bom? Jhonatan acha que não.
"Eu fiz uma boa temporada e consegui o recorde brasileiro, mas não vou dizer ok, estou feliz com isso. Quero conquistar mais e mais no esporte", comentou.
E entre uma prova e outra, ele tenta aprender mais o português. Está se soltando um pouco agora, mas ainda não encara uma entrevista na língua do seu país natal. Falta-lhe confiança. Ainda que uma situação externa tenha ajudado mais no aprendizado: sua namorada também é brasileira!
Aliás, é graças a ela que Jhonatan virá ao Brasil mais vezes neste ano. A cerimônia de premiação neste ano foi a segunda que ele presenciou. Confessou ter vindo para cá apenas "quatro ou cinco vezes". Mas em setembro será diferente. "Virei para três semanas com minha namorada em Fortaleza", brincou.
Mas antes disso, terá um pulo em Valle Nevado, no Chile. Lá acontecerá o Campeonato Brasileiro de Esqui Alpino, pontapé inicial da temporada olímpica. Onde ele pretende ratificar de vez o posto de melhor esquiador da história do Brasil.
Confira as falas de Jhonatan Longhi ao Blog Brasil Zero Grau. Como gaguejo muito quando falo em inglês numa entrevista, cortei as perguntas e só tem as respostas do esquiador brasileiro:
Jhonatan (Renato L. Ribeiro/CBDN) |
Professor
Por essas e outras que Jhonatan Longhi sai na frente de outros rivais brasileiros na vaga por Sochi. Ele é o maestro dessa geração e grande nome brasileiro do esqui alpino, sem dúvida. Modalidade que o elevou a título de professor lá na Itália, onde vive com sua família.Para falar a verdade, Jhonatan também é um cidadão italiano. Ele nasceu aqui, em Americana (no interior paulista), mas foi adotado logo cedo por uma família italiana. Lá cresceu, pegou contato com esqui e apareceu a oportunidade de competir pelo seu país natal a convite da CBDN.
Sua missão, claro, era profissionalizar de vez o esqui alpino brasileiro, que já possui uma boa experiência de mais de quatro décadas. Mesmo assim, a modalidade não conseguia arrebanhar novos praticantes.
"Muitas pessoas pensam que o Brasil não sabe esquiar, mas eu estive em Ushuaia [na Argentina] e a maioria das pessoas que estavam lá são brasileiras.Pude ver que o esporte está crescendo aqui. E o nosso objetivo é crescer mais e formar campeões", afirmou, em inglês, ao blog.
Tudo bem que os resultados do jovem impressionavam e ajudavam nisso. Oriundo de um país tropical, sem verbas para poder competir sempre, Jhonatan acabou conseguindo uma vaga em Vancouver, três anos atrás.
Mas ele não parou por aí. Foi quebrando recordes brasileiros e com uma temporada de antecedência já conseguiu o índice B no esqui alpino. Você acha bom? Jhonatan acha que não.
"Eu fiz uma boa temporada e consegui o recorde brasileiro, mas não vou dizer ok, estou feliz com isso. Quero conquistar mais e mais no esporte", comentou.
E entre uma prova e outra, ele tenta aprender mais o português. Está se soltando um pouco agora, mas ainda não encara uma entrevista na língua do seu país natal. Falta-lhe confiança. Ainda que uma situação externa tenha ajudado mais no aprendizado: sua namorada também é brasileira!
Aliás, é graças a ela que Jhonatan virá ao Brasil mais vezes neste ano. A cerimônia de premiação neste ano foi a segunda que ele presenciou. Confessou ter vindo para cá apenas "quatro ou cinco vezes". Mas em setembro será diferente. "Virei para três semanas com minha namorada em Fortaleza", brincou.
Mas antes disso, terá um pulo em Valle Nevado, no Chile. Lá acontecerá o Campeonato Brasileiro de Esqui Alpino, pontapé inicial da temporada olímpica. Onde ele pretende ratificar de vez o posto de melhor esquiador da história do Brasil.
Confira as falas de Jhonatan Longhi ao Blog Brasil Zero Grau. Como gaguejo muito quando falo em inglês numa entrevista, cortei as perguntas e só tem as respostas do esquiador brasileiro:
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