Quando a temporada chega ao fim é comum os clubes, confederações e os próprios atletas realizarem um balanço das competições e dos resultados alcançados. Mas quando o assunto é o esporte paralímpico na neve aqui no Brasil, sobram motivos para comemorar.
Primeiro pela questão óbvia: após alguns anos de planejamento, a CBDN finalmente conseguiu montar uma "equipe" paralímpica com André Cintra no snowboard e Fernando Aranha no esqui cross-country. Ambos se empolgaram com a possibilidade e já participaram de provas oficiais nesta primeira temporada de uma aventura que deu certo.
André Cintra (Reprodução/Facebook) |
E deu certo porque ambos passaram bem perto da vaga paralímpica para os Jogos de Sochi, no ano que vem. André Cintra, por exemplo, precisa terminar entre os 32 melhores do ranking do para-snowboard até 1º de outubro deste ano para confirmar a participação.
Atualmente ele é o 19º, com 106.5 pontos. Resta, porém, apenas mais uma etapa da Copa do Mundo de para-snowboard, em agosto, na Nova Zelândia. Caso ele mantenha a regularidade das outras duas etapas, o brasileiro carimbará o passaporte e se tornará no primeiro atleta paralímpico de inverno do Brasil.
A situação do Fernando é um pouco mais complicada. O esqui cross-country adaptado segue modelo semelhante da modalidade convencional para classificar seus atletas aos Jogos Paralímpicos.
Fernando Aranha (Reprodução/Facebook) |
Dessa forma, o atleta precisa conquistar menos de 180 pontos em qualquer torneio para conseguir o índice B e confirmar sua participação (lembrando que no esqui quanto menos pontos tiver, melhor). Nas duas provas que Fernando participou ele conquistou 185.22 e 186.60, pouco mais de cinco pontos da vaga.
Mas Fernando Aranha poderá atingir esse índice até fevereiro, nas vésperas dos Jogos Paralímpicos de Inverno. Portanto, ele focará nos treinos até o fim de ano e voltará às competições em dezembro atrás do índice olímpico. Boa sorte aos dois brasileiros nesta caminhada!
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