Em meio às disputas do Open Pro Ice Hockey, da reestruturação da CBDG e de todo o aumento de interesse dos esportes de inverno, recebi um e-mail de Salvador Neto, diretor de projetos da Federação Paulista de Hockey e Desportos no Gelo (sim, existe!), que esclareceu muitas das questões políticas que eu ainda tinha dúvidas.
Todas elas passam, sem dúvida, pela crise administrativa na qual a Confederação de Desporto no Gelo passa desde 2010. Entre os pontos citados está a questão da filiação na IIHF, que até 2010 era da Confederação Brasileira de Hóquei no Gelo e que depois passou para a CBDG. Isso atrasou não só o desenvolvimento do hóquei no gelo como afetou até mesmo as disputas do hóquei in-line (variação em países tropicais e que possui vários adeptos por aqui).
Em vez de fazer um post especial com trechos do e-mail, resolvi inverter dessa vez. Vou reproduzi-lo na íntegra (tirando apenas os links das matérias, pois não afetam a leitura) até para dar luz a essa questão e mostrar que há muito trabalho a ser feito.
Espero que os dirigentes, com essa nova fase da CBDG, consigam selar a paz definitiva. Modalidades que aparecem pouco para o público não podem ter "racha" no seu comando. Nesses casos, mais do que nunca, a união faz a força para o bem do esporte.
Segue o comentário de Salvador Neto ao Blog Brasil Zero Grau:
"Prestando maiores esclarecimentos sobre o hockey do Brasil, o hockey no gelo está longe de ser uma novidade e a organização do esporte no País passou por uma entre-safra turbulenta nos últimos 3 anos que temos a esperança que acabará muito em breve.
O hockey no gelo é praticado no Brasil desde a década de 60, tudo começou no Hotel Quitandinha em Petrópolis e depois migrou para o Rio de Janeiro e São Paulo. Pela falta de pistas de gelo de dimensões olímpicas (60 x 30 metros) o esporte ficava confinado aos shoppings e outros lugares que montavam pequenas áreas de gelo e na década de 90, com o advento do patins in-line, estes atletas passaram a se dedicar ao hockey sobre rodas como forma de manter vivo o sonho de um dia jogar numa quadra de gelo minimamente aceitável.
Desta adaptação à brasileira, surgiu uma geração de bons atletas que dentre outros feitos conquistaram 6 medalhas na Divisão I do Mundial de Hockey In-line da Federação Internacional de Hockey no Gelo .
O Mundial de hockey in-line da IIHF é dividido em 2 divisões de 8 times, a Divisão I com os times classificados entre 16º e 9º no ranking mundial e a Top Division com os 8 times mais fortes.
Em 2007 a entidade que organizava o hockey brasileiro, a extinta Confederação Brasileira de Hockey no Gelo, apoiou uma iniciativa dos atletas de São Paulo para iniciar a transferência dos atletas do Brasil da quadra para o gelo e organizou os primeiros campeonatos oficiais de hockey no gelo do Brasil, iniciativa que foi inclusive ratificada pela IIHF com a publicação dos resultados brasileiros nos anuários da Federação Internacional.
Quando o vento estava soprando a favor do hockey, uma reestruturação administrativa transferiu a filiação à IIHF para a CBDG e a seleção brasileir de hockey in-line acabou sendo transferida para a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação e tendo que se conformar em disputar os Mundiais da Federação Internacional de Esportes sobre Patins (FIRS) – por ser derivado do gelo e praticado sobre rodas, tanto a FIRS quanto à IIHF organizam mundiais de hockey in-line.
Projetos que foram interrompidos em 2010 com a reestruturação, voltaram à pauta em dezembro do ano passado com a troca de presidente da CBDG e atualmente há movimentos para trazer quadras olímpicas de gelo à três cidades brasileiras São Paulo, Petrópolis e Rio de Janeiro, que quando prontas servirão de centro de formação e treinamento não só ao hockey, como aos outros esportes no gelo praticados em ginásios: hockey sobre trenó, curling, curling sobre cadeira de rodas, patinação artística e patinação de velocidade em pista curta.
É esperado que no segundo semestre deste ano haja um bom número de novidades interessantes acerca dos esportes de gelo “indoor” no Brasil, como a participação brasileira na Copa Fim do Mundo de Hockey no Gelo (competição em Ushuaia na Argentina), a realização da Semana do Curling de São Paulo (lei 399/2012) e a montagem de quadras de gelo cada vez maiores para de 2 a 4 anos termos ao menos uma estrutura de nível internacional para a prática de esportes no gelo no Brasil".
Todas elas passam, sem dúvida, pela crise administrativa na qual a Confederação de Desporto no Gelo passa desde 2010. Entre os pontos citados está a questão da filiação na IIHF, que até 2010 era da Confederação Brasileira de Hóquei no Gelo e que depois passou para a CBDG. Isso atrasou não só o desenvolvimento do hóquei no gelo como afetou até mesmo as disputas do hóquei in-line (variação em países tropicais e que possui vários adeptos por aqui).
Em vez de fazer um post especial com trechos do e-mail, resolvi inverter dessa vez. Vou reproduzi-lo na íntegra (tirando apenas os links das matérias, pois não afetam a leitura) até para dar luz a essa questão e mostrar que há muito trabalho a ser feito.
Espero que os dirigentes, com essa nova fase da CBDG, consigam selar a paz definitiva. Modalidades que aparecem pouco para o público não podem ter "racha" no seu comando. Nesses casos, mais do que nunca, a união faz a força para o bem do esporte.
Segue o comentário de Salvador Neto ao Blog Brasil Zero Grau:
"Prestando maiores esclarecimentos sobre o hockey do Brasil, o hockey no gelo está longe de ser uma novidade e a organização do esporte no País passou por uma entre-safra turbulenta nos últimos 3 anos que temos a esperança que acabará muito em breve.
O hockey no gelo é praticado no Brasil desde a década de 60, tudo começou no Hotel Quitandinha em Petrópolis e depois migrou para o Rio de Janeiro e São Paulo. Pela falta de pistas de gelo de dimensões olímpicas (60 x 30 metros) o esporte ficava confinado aos shoppings e outros lugares que montavam pequenas áreas de gelo e na década de 90, com o advento do patins in-line, estes atletas passaram a se dedicar ao hockey sobre rodas como forma de manter vivo o sonho de um dia jogar numa quadra de gelo minimamente aceitável.
Desta adaptação à brasileira, surgiu uma geração de bons atletas que dentre outros feitos conquistaram 6 medalhas na Divisão I do Mundial de Hockey In-line da Federação Internacional de Hockey no Gelo .
O Mundial de hockey in-line da IIHF é dividido em 2 divisões de 8 times, a Divisão I com os times classificados entre 16º e 9º no ranking mundial e a Top Division com os 8 times mais fortes.
Em 2007 a entidade que organizava o hockey brasileiro, a extinta Confederação Brasileira de Hockey no Gelo, apoiou uma iniciativa dos atletas de São Paulo para iniciar a transferência dos atletas do Brasil da quadra para o gelo e organizou os primeiros campeonatos oficiais de hockey no gelo do Brasil, iniciativa que foi inclusive ratificada pela IIHF com a publicação dos resultados brasileiros nos anuários da Federação Internacional.
Quando o vento estava soprando a favor do hockey, uma reestruturação administrativa transferiu a filiação à IIHF para a CBDG e a seleção brasileir de hockey in-line acabou sendo transferida para a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação e tendo que se conformar em disputar os Mundiais da Federação Internacional de Esportes sobre Patins (FIRS) – por ser derivado do gelo e praticado sobre rodas, tanto a FIRS quanto à IIHF organizam mundiais de hockey in-line.
Projetos que foram interrompidos em 2010 com a reestruturação, voltaram à pauta em dezembro do ano passado com a troca de presidente da CBDG e atualmente há movimentos para trazer quadras olímpicas de gelo à três cidades brasileiras São Paulo, Petrópolis e Rio de Janeiro, que quando prontas servirão de centro de formação e treinamento não só ao hockey, como aos outros esportes no gelo praticados em ginásios: hockey sobre trenó, curling, curling sobre cadeira de rodas, patinação artística e patinação de velocidade em pista curta.
É esperado que no segundo semestre deste ano haja um bom número de novidades interessantes acerca dos esportes de gelo “indoor” no Brasil, como a participação brasileira na Copa Fim do Mundo de Hockey no Gelo (competição em Ushuaia na Argentina), a realização da Semana do Curling de São Paulo (lei 399/2012) e a montagem de quadras de gelo cada vez maiores para de 2 a 4 anos termos ao menos uma estrutura de nível internacional para a prática de esportes no gelo no Brasil".
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