A caminhada dela foi longa e cheia de percalços. Superou questões financeiras, treinos pesados, viagens, aulas de português, lesão e decepção apenas para esta quinta-feira. Toda a temporada de Isadora Williams foi voltado para o dia 14 de março de 2013. O dia em que ela pode encaminhar sua vaga olímpica.
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A brasileira nascida nos Estados Unidos e filha de mãe brasileira estará presente no Mundial Sênior de Patinação Artística no Gelo. Nesta quinta-feira ela compete no programa curto às 10h40 no horário local, 11h40 no horário de Brasília. No sábado acontecerá o programa longo. No fim, as 24 melhores garantem vaga nos Jogos Olímpicos.
Não será fácil, evidente. Aliás, para sermos sinceros, será muito difícil. As melhores do mundo estarão presentes em London, no Canadá, para esta disputa. A italiana Carolina Kostner, atual campeã mundial, estará lá. Mao Assada, vice-campeã olímpica, também. Tem atletas francesas, norte-americanas, canadenses...
E Isadora. Que em busca do sonho olímpico abraçou a nacionalidade materna, com todos os trocadilhos. Armou uma equipe de seis treinadores do mais alto nível e faz treinos puxados, como bem podemos ver na ótima matéria do Esporte Espetacular no último domingo (se você ainda não viu, pode clicar aqui). Para se aproximar do Brasil, toma aulas de português com a própria mãe e, sempre que pode, conversa com os fãs via Facebook ou Twitter.
Não bastasse a pouca idade (17 anos), ser oriunda de um país sem tradição alguma na patinação no gelo e competir com as melhores do mundo, a brasileira teve que enfrentar uma série de adversidades que suas rivais por uma vaga olímpica certamente não enfrentaram.
A principal foi a eterna busca por patrocinadores para manter esse staff de alto nível e poder se dedicar exclusivamente à modalidade. Não conseguiu.
Teve que criar um site para mostrar que o produto (no caso, sua carreira) é rentável e seguro. Ficou de fora do Bolsa-Atleta 2013 sem nenhuma justificativa decente. Fez uma vaquinha no início da temporada para poder competir. Uma dura rotina de falta de auxílio que atrapalha os atletas de verão e de inverno.
Não desanimou e seguiu lutando. Foi para o Golden Spin, tradicional torneio de patinação na Croácia e voltou com uma inédita medalha de bronze. A primeira do Brasil na modalidade! Sofreu uma lesão e teve que abandonar o Four Continents, terceiro torneio em importância, atrás apenas de Jogos Olímpicos e Mundial.
Mas a vaga para o Mundial já estava garantida e foi confirmada no dia do seu aniversário. Disputou o Mundial Júnior para ganhar ritmo e veio a decepção. Apenas a 26ª marca, dez posições atrás da temporada passada, quando foi a 16ª na mesma competição.
Ela conseguiria a classificação olímpica?, perguntavam alguns céticos diante deste resultado. Sinceramente, antes da competição começar não temos como saber se ela conseguirá a classificação olímpica.
Mas diante de tudo que Isadora teve que passar nesta temporada, e sabendo do talento, comprometimento e dedicação que ela tem, a única certeza é que ela lutará muito para conquistar essa vaga. Isadora é sim uma brasileira. E daquelas que não desiste nunca! Boa sorte, Isadora!
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Isadora Williams (Reprodução/Facebook) |
Não será fácil, evidente. Aliás, para sermos sinceros, será muito difícil. As melhores do mundo estarão presentes em London, no Canadá, para esta disputa. A italiana Carolina Kostner, atual campeã mundial, estará lá. Mao Assada, vice-campeã olímpica, também. Tem atletas francesas, norte-americanas, canadenses...
E Isadora. Que em busca do sonho olímpico abraçou a nacionalidade materna, com todos os trocadilhos. Armou uma equipe de seis treinadores do mais alto nível e faz treinos puxados, como bem podemos ver na ótima matéria do Esporte Espetacular no último domingo (se você ainda não viu, pode clicar aqui). Para se aproximar do Brasil, toma aulas de português com a própria mãe e, sempre que pode, conversa com os fãs via Facebook ou Twitter.
Não bastasse a pouca idade (17 anos), ser oriunda de um país sem tradição alguma na patinação no gelo e competir com as melhores do mundo, a brasileira teve que enfrentar uma série de adversidades que suas rivais por uma vaga olímpica certamente não enfrentaram.
A principal foi a eterna busca por patrocinadores para manter esse staff de alto nível e poder se dedicar exclusivamente à modalidade. Não conseguiu.
Teve que criar um site para mostrar que o produto (no caso, sua carreira) é rentável e seguro. Ficou de fora do Bolsa-Atleta 2013 sem nenhuma justificativa decente. Fez uma vaquinha no início da temporada para poder competir. Uma dura rotina de falta de auxílio que atrapalha os atletas de verão e de inverno.
Não desanimou e seguiu lutando. Foi para o Golden Spin, tradicional torneio de patinação na Croácia e voltou com uma inédita medalha de bronze. A primeira do Brasil na modalidade! Sofreu uma lesão e teve que abandonar o Four Continents, terceiro torneio em importância, atrás apenas de Jogos Olímpicos e Mundial.
Mas a vaga para o Mundial já estava garantida e foi confirmada no dia do seu aniversário. Disputou o Mundial Júnior para ganhar ritmo e veio a decepção. Apenas a 26ª marca, dez posições atrás da temporada passada, quando foi a 16ª na mesma competição.
Ela conseguiria a classificação olímpica?, perguntavam alguns céticos diante deste resultado. Sinceramente, antes da competição começar não temos como saber se ela conseguirá a classificação olímpica.
Mas diante de tudo que Isadora teve que passar nesta temporada, e sabendo do talento, comprometimento e dedicação que ela tem, a única certeza é que ela lutará muito para conquistar essa vaga. Isadora é sim uma brasileira. E daquelas que não desiste nunca! Boa sorte, Isadora!
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